Recém-saída da recuperação judicial, Latam anuncia primeiro novo destino no país em 2023
A cidade de Passo Fundo, responsável movimentar cerca de R$ 8,9 bilhões anualmente e pelo oitavo maior PIB do Rio Grande do Sul, vai receber os voos a partir do segundo semestre
Marcos Bonfim
Publicado em 10 de novembro de 2022 às 11h15.
Última atualização em 10 de novembro de 2022 às 11h16.
A cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, deve começar a receber voos da Latam a partir do próximo ano e é o primeiro novo destino anunciado pela companhia. A entrada da operação está prevista para o segundo trimestre de 2023, com viagens a partir do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
A escolha do novo destino, segundo a empresa, é um forma de levar serviço para uma das maiores cidades gaúchas, com economia baseada no comércio e no agronegócio. O município movimenta cerca de R$ 8,9 bilhões anualmente e tem o oitavo maior PIB do estado, segundo dados do IBGE.
A Latam ainda deve informar quando as vendas de passagens para o município terão início.
O novo destino é terceiro no Rio Grande do Sul, onde opera voos para Porto Alegre e Caxias do Sul, cidade em que entrou em julho deste ano.
"Agora, mais fortes do que éramos em 2019, sabemos que temos capacidade de voar para até 70 aeroportos nacionais com a nossa frota atual. Por isso, em 2023, é nosso compromisso ampliar de forma eficiente essa conectividade para que mais brasileiros possam voar cada vez mais”, afirmou Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil.
Atualmente, a empresa já voa para 54 destino, número que é o maior da sua história no Brasil.
Qual o momento da companhia
A Latam anunciou na quinta-feira, 3, que saiu da recuperação judicial, situação em que se encontrava desde maio de 2020 quando entrou com o pedido nos Estados Unidos no começo da pandemia de Covid-19.
Para deixar o processo de recuperação judicial para trás, o grupo emitiu US$ 1,15 bilhões em títulos, parte com vencimento em cinco anos e parte em sete anos. Também conseguiu um financiamento de US$ 1,1 bilhão por cinco anos.
Os valores serão utilizados para pagar outro financiamento que a companhia contraiu no início do processo de recuperação. A empresa obteve ainda uma linha de crédito rotativa de cerca de US$ 500 milhões.
A companhia informou que a dívida hoje é aproximadamente US$ 3,6 bilhões menor em seu balanço patrimonial em relação ao período anterior ao processo - a redução é equivalente a 35%.
Leia também:
Após aporte de R$ 260 milhões, Cortex adquire Geofusion e amplia modelo de inteligência de dados
Beep Saúde recebe aporte em rodada coliderada por fundo de Zuckerberg e Bradesco
Como o Grupo Boticário conseguiu, em 3 anos, dobrar a receita da Beleza na Web para R$ 1 bilhão