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Receita da BR Malls cresce, mas não-pagamento de imposto garante caixa

Se empresa não tivesse revertido provisões para pagamento de ITBI, margem de ebitda seria menor, diz corretora

Shopping da BR Malls: índice de reajuste dos contratos ficou acima do 1º tri (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - A BR Malls encerrou o segundo trimestre com uma receita líquida 31,5% maior que a do mesmo período do ano passado: 123 milhões de reais. O lucro líquido ajustado subiu 37,9%, para 69 milhões de reais. Mas, ao lado de números fortes, outro dado chamou a atenção da corretora Ativa: a margem de ebitda, que só foi sustentada por um procedimento contábil.

Em relatório assinado pela analista Juliana Campos, a Ativa observa que o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 32% ante o mesmo trimestre de 2009, somando 101 milhões de reais. Isso significou uma margem de ebitda de 82,4% - 0,3 ponto percentual maior.

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O importante, segundo a Ativa, é que o ebitda foi sustentado por um procedimento contábil. A BR Malls reverteu as provisões para o pagamento de ITBI (Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis) do shopping Fashion Mall. "Caso contrário, teríamos visto uma redução de 6 pontos percentuais da margem de ebitda", afirmou a corretora.

A reversão de provisões é um procedimento comum em contabilidade, e é realizada sempre que a empresa não precisa mais arcar com uma obrigação, ou reduz sua estimativa de gastos com ela. Nesse caso, os recursos reservados para essa dívida (as provisões) são desmobilizados.

Renovação de contratos

Para a Ativa, o que mais chama a atenção nos números da administradora de shopping centers é a forte expansão das receitas. Pesaram, a favor da conta, o incremento das receitas de aluguel, prestação de serviços e estacionamento.

O aquecimento da economia e a escassez de espaços em shopping centers também favoreceram a BR Malls em outro aspecto: o reajuste dos contratos. A Ativa destaca que, no caso das renovações, o aumento médio foi de 22,3%. Já no caso da assinatura de novos contratos, a alta de foi 26,4%. As taxas ficaram acima do IGP-M e das correções conseguidas no primeiro trimestre.

Para a corretora, trata-se de um resultado "bastante positivo, dado que o aluguel mínimo corresponde a mais de 50% das receitas da companhia."

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