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Brasil é o 7º país mais empreendedor do planeta, mas falta de (in)formação e crédito são entraves para qualidade dos negócios; conheça a newsletter gratuita da EXAME
Beatriz Correia
Publicado em 1 de agosto de 2022 às 11h09.
Última atualização em 1 de agosto de 2022 às 12h28.
Uma das definições do verbo empreender é “decidir realizar uma tarefa difícil e trabalhosa”. Abrir um negócio e colocar uma ideia em prática custa esforços, dinheiro e muita informação para que o empreendimento vingue em um mercado competitivo e com desafios econômicos em nível macro (taxa de juro, inflação, estabilidade da moeda etc.) e micromercados específicos e comportamentos de produtores e consumidores, por exemplo.
Hoje no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc-IBGE) são quase 108 milhões de pessoas economicamente ativas. Desse montante, parte significativa está buscando tocar seu próprio negócio. O Mapa de Empresas do Governo Federal indica quase 20 milhões de empresas em operação no país. As classificadas como MEIs (Microempreendedores Individuais) somam cerca de 13,5 milhões ou 69,9% do total. Só em junho de 2022, mais de 314 mil novos CNPJs foram emitidos, sendo 240 mil MEIs.
Empreendedorismo: quanto dura uma empresa?
A gente sempre espera que um negócio dure muito, como naqueles comércios que estampam placas “Desde 1918” ou em grandes empresas que revelam centenas de anos de expertise em seus sites, a exemplo de gigantes como a Faber-Castell — desde 1761 — ou a Mercedes-Benz, fundada em 1871. Mas nem sempre é assim e parte significativa dos que empreendem se frustra em pouquíssimo tempo. No mercado nacional, dados até 2018 de um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicavam que uma em cada cinco empresas não passava dos primeiros 12 meses.
Com informações captadas até um ano depois, em 2019, o instituto divulgou que menos de 40% das firmas suportava os cinco anos de portas abertas. Empreendimentos com mais suporte financeiro e maior porte têm mais chance de sobrevivência — por uma maior facilidade de obter crédito, por exemplo — e alguns setores eram mais estáveis que outros, como no caso da saúde.
Todavia, em 2021, o número de empreendedores à frente de um negócio com mais de 3,5 anos de vida aumentou, apesar dos impactos da pandemia de covid-19. A taxa de empreendedores estabelecidos passou de 8,7% (2020) da população adulta economicamente ativa para 9,9%. O percentual faz parte do relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) que executa pesquisas sobre empreendedorismo em mais de 100 países e, no Brasil, a realiza em parceria com Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). Nosso país participa do estudo desde 2000.
Essa resiliência pode ser vista como positiva e reflexo de políticas públicas como maior acesso ao crédito, o que é fundamental para salubridade de todo negócio. No ínterim pandêmico, isso se deu por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe – Caixa Econômica Federal) e, até, de “colchões sociais” mais amplos, dados pela implementação do auxílio emergencial (que beneficiava MEIs) e do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que mitigava os impactos econômicos da pandemia nas relações trabalhistas.
Mas, enfim, como se sair bem empreendendo?
Se o cenário é competitivo e alguns fatores estão além do que podemos gerir, há três principais necessidades a serem supridas por alguém que deseja empreender: (in)formação, organização e crédito. A EXAME sabe disso e criou a newsletter Empreenda. Gratuito e semanal, o boletim reúne conteúdos essenciais para fazer o seu negócio decolar.
É um material exclusivo da EXAME, bem como informações para melhorar a gestão e os investimentos; histórias inspiracionais de grandes empreendedores; insights para a aceleração e crescimento do negócio. “Para empreender, você precisa persistir e ser curioso sempre. É por isso que a Empreenda está sempre na minha lista de indicações!”, afirma Carol Paiffer, presidente e diretora de investimentos da ATOM.
Empreender: será que é pra mim?
Sim! Você só tem a ganhar! Mas se você ainda tem alguma dúvida, a GEM aponta dados relativos ao aumento na educação/formação de quem empreende no país: 28,5% dos empreendedores iniciais têm curso superior completo. E quanto maior a escolaridade, maior a probabilidade de uma volição para empreender por oportunidade em vez de (apenas) necessidade, o que é um alavancador da qualidade da economia no país. Aliás, a taxa de empreendedorismo por oportunidade aumentou 10 pontos percentuais: de 66% em 2020, para 76% no ano seguinte.
Outros dados levantados pela GEM — maior pesquisa sobre empreendedorismo no mundo — assinalam ainda que a taxa de empreendedorismo potencial no Brasil cresceu: passou de 30%, em 2019, para 53% em 2020. Em números reais, significa que 50 milhões de pessoas que ainda não empreendem, gostariam de fazê-lo.
O brasileiro é empreendedor “por natureza”: o país está em sétimo lugar no ranking mundial de empreendedorismo em 2021 e ter uma empresa é o segundo maior sonho do brasileiro. Pesquisa do Sebrae, de 2012, já colocava esta como uma das principais vontades do cidadão, atrás apenas de viajar pelo país e comprar a casa própria.
Para começar ou dar aquele empurrãozinho extra no seu sonho do negócio próprio, vale lembrar que quanto mais informação de qualidade, melhor. ASSINE A NEWSLETTER EMPREENDA, DA EXAME. É FÁCIL, PRÁTICO E VAI CUSTAR APENAS UM CLIQUE. INFORMAÇÃO DE QUALIDADE, UMA VEZ POR SEMANA.