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Queda na circulação de jornais continua forte

Segundo reportagem de The Wall Street Journal, levantamento nos Estados Unidos mostra que a indústria de jornais sofre com aumento na queda de exemplares vendidos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h52.

A indústria de jornais nos Estados Unidos, que já sofre com problemas de circulação, pode se deparar com seus piores números em uma década. Levantamento da Audit Bureau of Circulations, que será divulgado hoje (2/5), mostrará um declínio de até 3% no número de exemplares vendidos. Caso se confirme, será a pior fase para os veículos diários desde a redução de 2,6% em assinaturas entre 1990 e 1991, segundo reportagem de The Wall Street Journal.

Os maiores grupos editoriais são os que devem mostrar as maiores perdas. O Gannett Co., que detém cerca de 100 jornais, e o Tribune Co.'s Los Angeles Times já anunciaram previsões negativas acima da projeção média do mercado. A companhia Belo Corp.'s Dallas Morning News prevê uma redução de 13% na circulação de domingo. Todas as estimativas correspondem ao período de seis meses encerrados em março.

The Wall Street Journal, publicado pelo grupo Dow Jones & Co., projeta um declínio de 0,8% na circulação total entre outubro do ano passado e março, o que representa 2,07 milhões de exemplares a menos..

A redução na venda de jornais está alimentando a urgência de uma discussão sobre as tendências da indústria americana. A dúvida é se a queda pode ser estancada em plena era digital, em um momento em executivos do setor se vêem forçados a repensar as estratégias tradicionais.

Mais do que simplesmente tentar interromper a queda, que poderia ser facilmente revertida com descontos nas assianturas e outras promoções, os executivos estão sendo forçados a gerenciar a circulação de formas inusitadas. Algumas editoras estão deliberadamente cortando os números da circulação na esperança de salientar aos anunciantes a qualidade dos seus assinantes. Outras empresas buscam novos mercado para reduzir as perdas nos seus mercados prioritários. E outras estão mudando para o formato tablóide ou distribuindo exemplares gratuitamente para atrair leitores mais jovens.

As perdas vêm em um momento em que os americanos dispõem de diversas fontes alternativas de informação que não existiam há 20 anos, como TV por assinatura, sites de notícias e alertas no telefone celular. Muitos jornais mantêm sites na internet com a maior parte do que oferecem no jornal impresso. Acredita-se que "os sites não impactem o conjunto de assinantes mas podem afetar de alguma forma a 'audiência do jornal pago'", segundo The Wall Street Journal.

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