Negócios

Por coronavírus, Uber vai cortar 14% de sua força de trabalho no mundo

Até o final de dezembro, a Uber empregava 26.900 pessoas no mundo todo, sendo que 10.700 eram nos EUA e 16.200 em outros países

Uber: ações da empresa caíram mais de 2,5% no início desta quarta (Bloomberg/Bloomberg)

Uber: ações da empresa caíram mais de 2,5% no início desta quarta (Bloomberg/Bloomberg)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 6 de maio de 2020 às 10h53.

Última atualização em 6 de maio de 2020 às 11h18.

O coronavírus pode fazer mais uma vítima no mundo corporativo. A Uber, empresa de transporte por aplicativo, anunciou nesta quarta-feira (6), que irá cortar 3.700 posições de trabalho globalmente, o que representa 14% de toda a equipe.

"Pela diminuição no volume de viagens e pelo congelamento de novas contratações, a Uber vai reduzir sua equipe de suporte e de recrutamento", afirmou a empresa em um comunicado. A redução de corridas mensais realizadas pelo app foi de 70%.

A notícia vem um dia depois da presidente da Uber, Dara Khosrowshahi, avisar os colaboradores que planos para demissões seriam finalizados em até duas semanas, segundo o site norte-americano Business Insider.

Na última semana, o diretor de tecnologia do aplicativo, o executivo Thuan Pham, pediu demissão após sete anos de trabalho.

Até o final de dezembro, a Uber empregava 26.900 pessoas no mundo todo, sendo que 10.700 eram nos EUA e 16.200 em outros países. As demissões vão custar aproximadamente 20 milhões de dólares, segundo a empresa.

Outras companhias do setor também têm sofrido com a crise. A Lyft, principal concorrente do Uber nos Estados Unidos, anunciou na semana passada que iria cortar 982 empregos, cerca de 17% de sua força de trabalho, para reduzir custos e ajustar o fluxo de caixa durante a pandemia.

A diferença entre o Lyft e a Uber é que pelo menos a última ainda tem um braço que pode acabar suavizando o impacto: o Uber Eats, sistema de delivery que tem sido alvo de investimentos pesados por parte da companhia. Desde abril, o aplicativo entrega, além de comida, também produtos da rede de farmácias Pague Menos e dos pet shops Cobasi, em uma tentativa de aumentar a receita em tempos difíceis.

Nesta manhã, a Uber anunciou que encerraria as operações do app de delivery na República Tcheca, Egito, Honduras, Romênia, Arábia Saudita, Uruguai e Ucrânia até 4 de junho de 2020. Segundo a empresa, a decisão não tem relação com a pandemia.

Nesta quinta-feira, a Uber divulga o balanço do primeiro trimestre. As ações da empresa caíram mais de 2,5% no início desta quarta.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusUber

Mais de Negócios

De hábito diário a objeto de desejo: como a Nespresso transformou o café em luxo com suas cápsulas?

Mesbla, Mappin, Arapuã e Jumbo Eletro: o que aconteceu com as grandes lojas que bombaram nos anos 80

O negócio que ele abriu no início da pandemia com R$ 500 fatura R$ 20 milhões em 2024

10 mensagens de Natal para clientes; veja frases