Plant-based: quatro empresas se unem para criar associação para fortalecer o setor
Um dos primeiros focos da entidade será trabalhar para que os produtos do setor tenham o mesmo tratamento tributário dos de origem animal
Repórter de Negócios
Publicado em 17 de julho de 2023 às 09h00.
Última atualização em 17 de julho de 2023 às 15h22.
Quatro empresas de plant-based se juntaram para criar a Base Planta, uma associação para ajudar no desenvolvimento do setor de comidas feitas à base de planta. As conversas para formar a entidade começaram no início do ano e envolveram as marcas NotCo, NUDE., Positive Company e Vida Veg. O lançamento oficial é nesta segunda-feira, 17.
O objetivo inicial será trabalhar para que os produtos a base de planta tenham o mesmo tratamento tributário dos de origem animal. Um exemplo é o leite. De acordo com a Base Planta, enquanto o leite vegetal paga tributo federal de 9,25%, o leite UHT (de origem animal) não carrega a taxa.
- Romário é internado às pressas no Rio para tratar infecção
- Governo Biden perdoa US$ 38 bi em dívidas estudantis nos EUA com ajustes em programa
- Grande Tesouro de Kentucky: 700 moedas de ouro encontradas em milharal estão à venda
- Luta de Whindersson Nunes x King Kenny: brasileiro é derrotado
- Dinheiro esquecido do PIS: último mês para sacar R$ 25,4 bilhões
- O que é Pani Puri? Conheça a comida típica da Ásia homenageada do Google desta quarta-feira
“A igualdade de tratamento tributário precisa se tornar uma realidade, considerando o potencial de experimentação e demanda por produtos vegetais pelos brasileiros nos próximos anos”, afirma Thiago Augusto, diretor financeiro da NotCo no Brasil.“Nosso objetivo é buscar a união entre todas as marcas, reconhecendo que cada uma delas pode se beneficiar com essa associação”.
O cenário pode mudar com a reforma tributária, mas ainda não há garantias:
“Com base nas informações disponíveis, não é possível prever com precisão como a reforma tributária irá se desenrolar no futuro. Vamos acompanhar de perto os debates e os desdobramentos”, diz Augusto.
A visão da entidade é que, conseguindo igualar os tributos, terão uma participação mais competitiva no mercado. Hoje, uma das dores do setor — e uma das principais reclamações dos consumidores — é o preço dos produtos.
LEIA TAMBÉM: Mercado plant-based aumenta aposta na mudança de hábitos dos consumidores
O que a associação vai fazer
Além de atuar no ponto tributário, inicialmente a associação fará reuniões conjuntas entre as equipes das empresas para discutir as estratégias relacionadas ao mercado plant-based. O objetivo é saber quais outros pontos podem ser trabalhados e desenvolvidos para acelerar o mercado.Também serão buscadas conversas com autoridades do país.
As empresas que estão na associação
A associação começa com quatro empresas do setor:
- NotCo: empresa com origem no Chile e que atua hoje em 12 países, a maioria da América Latina. Também estão nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. No Brasil, são mais de 2 mil pontos de venda. Entre os produtos estão no portfólio da companhia estão o NotMilk e o NotBurger.
- NUDE: empresa brasileira que destaca o fato de calcular todas as etapas da cadeia produtiva e estampar a pegada de carbono na embalagem. O negócio começou em 2020, desenvolvendo alimentos a partir da aveia. Na lista de produtos há bebidas e cremes.
- Positive Company: criada em Fortaleza há cinco anos, a empresa é dona de marcas como A tal da Castanha, Possible e Plant Power.
- Vida Veg: Fundada em 2015 e com unidade fabril em Lavras (MG), hoje está presente em mais de 6 mil pontos de venda. Na sua lista de produtos estão igourtes, leites e manteigas vegetais.