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Plano de negócios da Petrobras deve ser apresentado em junho

O documento deverá detalhar as metas de produção, as áreas prioritárias para novos investimentos e desinvestimentos previstos pela estatal de 2015 a 2019

Refinarias: o plano deverá indicar também se a companhia dará continuidade às obras do Comperj e da Refinaria Abreu e Lima, as principais investigadas da Operação Lava Jato (Agência Petrobras/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 17h32.

Rio de Janeiro - O Plano de Negócios e Gestão da Petrobras deverá ser apresentado no dia 10 de junho. A informação foi do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que, ao lado de outros parlamentares da CPI que investiga as denúncias de corrupção na estatal, fez uma visita técnica nesta sexta-feira, 08, às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

"Não há qualquer data ou prazo para a conclusão das obras (do Comperj). Fomos informados de que novas licitações devem ser feitas para retomar as obras, mas isso só deve acontecer após a divulgação do novo plano de negócios, previsto para o dia 10 de junho", disse o deputado.

Também participam da visita os deputados Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Luiz Sérgio (PT-RJ), Altineu Côrtes (PR-RJ) e Celso Pansera (PMDB-RJ).

O Plano de Negócios e Gestão da Petrobras deverá apresentar a previsão de investimentos da companhia para o período entre 2015 e 2019.

O documento deverá detalhar as metas de produção, as áreas prioritárias para novos investimentos e ainda indicar os cortes e desinvestimentos previstos pela estatal. A previsão é de redução de até 20% no volume de recursos investidos.

O plano deverá indicar também se a companhia dará continuidade às obras do Comperj e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), as principais obras sob investigação da Operação Lava Jato , da Polícia Federal.

Ambos projetos registraram baixas contábeis no último balanço da estatal, e foram suspensos em janeiro, por decisão da ex-presidente Graça Foster.

Com a paralisação, milhares de trabalhadores do Comperj foram demitidos. "O Comperj começou com orçamento de US$ 6 bilhões, foi para US$ 8 bilhões e agora já passa de US$ 30 bilhões. As obras estão paradas e os equipamentos hibernando e quase não se vê funcionários trabalhando", afirmou o deputado Otávio Leite.

Os parlamentares percorreram a área do Trem 1, a primeira etapa da obra, e assistiram a uma apresentação de executivos responsáveis pelo projeto, que teve início há 10 anos. As obras da primeira unidade, de refino de óleo e produção de diesel, estão com 82,9% de avanço físico, segundo apresentação de técnicos.

"Ficou claro que é uma obra que começou a ser tocada sem um projeto básico que permitisse fazer contratações com fiscalização e que os custos fossem controlados. Toda essa história de gerenciamento equivocado da Petrobras, os exemplos negativos estão aqui no Comperj", afirmou o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

"A pergunta que ficou sem resposta é quando esse empreendimento, mesmo com as restrições que ele tem, vai entrar em funcionamento", complementou o relator da CPI, deputado Luiz Sergio (PT-RJ).

"A Lava Jato está impactando pelo fato de que a Petrobras não pode contratar empresas envolvidas nessa questão. A Petrobras tem dificuldade de contratar novas empresas com expertise para realizar esse tipo de obras", ponderou.

Durante a visita, os deputados identificaram 10 equipamentos adquiridos ao custo de US$ 35 milhões e que não têm qualquer utilidade para o atual projeto, que deixou de ser um complexo petroquímico e contará apenas com uma unidade de refino e outra de processamento de gás. A Petrobras estuda encaminhar os equipamentos para outros empreendimentos, mas também não há definição.

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Rio de Janeiro - O Plano de Negócios e Gestão da Petrobras deverá ser apresentado no dia 10 de junho. A informação foi do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que, ao lado de outros parlamentares da CPI que investiga as denúncias de corrupção na estatal, fez uma visita técnica nesta sexta-feira, 08, às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

"Não há qualquer data ou prazo para a conclusão das obras (do Comperj). Fomos informados de que novas licitações devem ser feitas para retomar as obras, mas isso só deve acontecer após a divulgação do novo plano de negócios, previsto para o dia 10 de junho", disse o deputado.

Também participam da visita os deputados Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Luiz Sérgio (PT-RJ), Altineu Côrtes (PR-RJ) e Celso Pansera (PMDB-RJ).

O Plano de Negócios e Gestão da Petrobras deverá apresentar a previsão de investimentos da companhia para o período entre 2015 e 2019.

O documento deverá detalhar as metas de produção, as áreas prioritárias para novos investimentos e ainda indicar os cortes e desinvestimentos previstos pela estatal. A previsão é de redução de até 20% no volume de recursos investidos.

O plano deverá indicar também se a companhia dará continuidade às obras do Comperj e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), as principais obras sob investigação da Operação Lava Jato , da Polícia Federal.

Ambos projetos registraram baixas contábeis no último balanço da estatal, e foram suspensos em janeiro, por decisão da ex-presidente Graça Foster.

Com a paralisação, milhares de trabalhadores do Comperj foram demitidos. "O Comperj começou com orçamento de US$ 6 bilhões, foi para US$ 8 bilhões e agora já passa de US$ 30 bilhões. As obras estão paradas e os equipamentos hibernando e quase não se vê funcionários trabalhando", afirmou o deputado Otávio Leite.

Os parlamentares percorreram a área do Trem 1, a primeira etapa da obra, e assistiram a uma apresentação de executivos responsáveis pelo projeto, que teve início há 10 anos. As obras da primeira unidade, de refino de óleo e produção de diesel, estão com 82,9% de avanço físico, segundo apresentação de técnicos.

"Ficou claro que é uma obra que começou a ser tocada sem um projeto básico que permitisse fazer contratações com fiscalização e que os custos fossem controlados. Toda essa história de gerenciamento equivocado da Petrobras, os exemplos negativos estão aqui no Comperj", afirmou o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

"A pergunta que ficou sem resposta é quando esse empreendimento, mesmo com as restrições que ele tem, vai entrar em funcionamento", complementou o relator da CPI, deputado Luiz Sergio (PT-RJ).

"A Lava Jato está impactando pelo fato de que a Petrobras não pode contratar empresas envolvidas nessa questão. A Petrobras tem dificuldade de contratar novas empresas com expertise para realizar esse tipo de obras", ponderou.

Durante a visita, os deputados identificaram 10 equipamentos adquiridos ao custo de US$ 35 milhões e que não têm qualquer utilidade para o atual projeto, que deixou de ser um complexo petroquímico e contará apenas com uma unidade de refino e outra de processamento de gás. A Petrobras estuda encaminhar os equipamentos para outros empreendimentos, mas também não há definição.

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