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Petróleo a 55 dólares?

A produção global de petróleo, enfim, deve ser limitada, para ajudar a elevar os preços do barril. Nesta quarta-feira, após meses de discussão, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reúne na Aústria para definir um teto, com diretrizes específicas para os 14 países que compõem o cartel. A Arábia Saudita, líder do […]

 Estado Islâmico, em Mosul /  / Reuters (Goran Tomasevic/Reuters)

Estado Islâmico, em Mosul / / Reuters (Goran Tomasevic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 06h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.

A produção global de petróleo, enfim, deve ser limitada, para ajudar a elevar os preços do barril. Nesta quarta-feira, após meses de discussão, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reúne na Aústria para definir um teto, com diretrizes específicas para os 14 países que compõem o cartel. A Arábia Saudita, líder do bloco e maior produtora de petróleo no mundo, quer limitar ao máximo a oferta e garantir, assim, sua soberania no setor. Sozinho, o país produz 10,5 milhões de barris por dia — ou um de cada dez produzidos no mundo.

A proposta do grupo deve ser a de cortar 1,2 milhão de barris por dia em relação a outubro, quando o bloco atingiu o recorde de 33,8 milhões de barris diários. A expectativa é elevar os preços para pelo menos 55 dólares, ante os 47 praticados hoje. De acordo com o jornal Wall Street Journal, que acompanhou a chegada dos líderes do grupo ao hotel em Viena, há consenso sobre a necessidade de cortes. Porém, há muita divergência em relação aos sacrifícios que cada país deve fazer.

O Irã, que negociava condições especiais para continuar sua produção, aproveitando a suspensão das sanções internacionais em janeiro deste ano, deve ceder e concordar em congelar a produção em 3,97 milhões de barris por dia. Caso parecido é o Iraque, que só deve aceitar congelar a produção quando atingir o patamar de 4,55 milhões de barris por dia, 16% a mais do que a atual produção.

Com todos reivindicando uma margem maior antes da decisão final, fica cada vez mais difícil definir de onde tirar. Se as expectativas forem confirmadas, os cortes da Opep vão representar uma redução de 1,2% na oferta global. Mas a Arábia Saudita, que pretende cortar sozinha 500.000 barris, quer envolver mais gente nesse esforço. Na última semana, tentou negociar com países fora da Opep, como a Rússia, para que esse número chegue a 2% – mas o país já avisou que cortes estão fora de cogitação. Brasil e México, no mês passado, também reportaram à organização que não vão fechar as torneiras. Antes de pensar em compartilhar o sacrifício, o Oriente Médio precisa demonstrar que pode fazer o primeiro esforço.

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