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Petrobras vê economia de R$33 bilhões com redução de pessoal

A Petrobras lançou um novo Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário, dessa vez aberto para toda a força de trabalho

Petrobras: estatal afirmou em comunicado ao mercado que a economia esperada é da ordem de 33 bilhões de reais até 2020 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2016 às 17h56.

Rio de Janeiro - A Petrobras lançou um novo Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), dessa vez aberto para toda a força de trabalho, em mais uma tentativa de reduzir custos em meio a uma crise financeira, preocupando sindicalistas, que acreditam que haja uma pressão para adesão ao plano de demissão .

A estatal afirmou em comunicado ao mercado que, em uma estimativa de participação de aproximadamente 12 mil empregados, o custo previsto para a implantação do programa é de 4,4 bilhões de reais e a economia esperada é da ordem de 33 bilhões de reais até 2020.

Em outra nota, a companhia afirmou à imprensa que possui atualmente cerca de 12 mil empregados com condições de se aposentar, dos cerca de 57 mil funcionários próprios da Petrobras controladora que poderão participar do plano.

A Petrobras, que está trabalhando em uma revisão de seu plano plurianual de investimentos, não deixou claro se os 12 mil seriam uma meta.

Em entrevista à Reuters, o representante dos funcionários no Conselho de Administração da Petrobras, Deyvid Bacelar, disse que a empresa prevê o pagamento de indenizações de cerca de 212 mil a 706,6 mil reais aos funcionários que aderirem ao PIDV, citando um comunicado interno distribuído na companhia.

O tema, segundo Bacelar, não foi discutido em reuniões do Conselho de Administração e nem apresentado e conversado com entidades sindicais, o que ele acredita ser negativo. Os sindicatos temem que a redução do quadro de funcionários cause sobrecarga de trabalho, acidentes e mais horas extras.

"O grande problema é que é qualquer empregado pode aderir ao programa, um PIDV desse só ocorreu nos governos de Collor e FHC, quando muitas pessoas acabavam sendo pressionadas para pedirem demissão... Tem vários processos de pdvistas da década de 90", afirmou Bacelar, que também é coordenador-geral do Sindipetro Bahia, filiado à Federação Única Petroleiros (FUP).

Para o sindicalista, o ambiente atual de reestruturação da empresa permitirá que haja uma pressão sobre os funcionários se desligarem da companhia. Isso porque muitos empregados estão perdendo cargos com gratificações e até mesmo podem ser enviados para outras funções e localidades que considerem desvantajosas.

Na quarta-feira, a Petrobras anunciou uma redução de sete para seis no número de diretorias e mudanças no modelo de governança e gestão, com um corte de 43 por cento nas funções gerenciais em áreas não operacionais.

Para Bacelar, os cortes de cargos gerenciais são um "instrumento de pressão para os empregados que perderam as funções gratificadas".

Por volta das 15h, as ações preferenciais da estatal operavam em queda de 1,4 por cento, enquanto o petróleo Brent caía 3,7 por cento, e o Ibovespa subia 0,8 por cento.

"POUCOS BENEFÍCIOS" Bacelar afirmou que os benefícios oferecidos aos funcionários que não podem ainda se aposentar não devem ser o suficiente para convencê-los a aderir ao plano. Apenas os empregados aposentados que participarem do programa poderão continuar no plano de saúde da empresa, explicou Bacelar. Os demais poderão permanecer por no máximo 24 meses, mediante o pagamento integral da contribuição mensal.

O período de inscrições ao plano vai de 11 de abril a 31 de agosto de 2016 e, conforme a Petrobras, "foi desenvolvido tendo como base as premissas de preservação do efetivo necessário à continuidade operacional da companhia, com ajuste de pessoal em todas as áreas".

Segundo Bacelar explicou, a Petrobras informou aos seus funcionários que os desligamentos do PIDV 2016 vão acontecer no menor tempo possível, respeitando o prazo mínimo de 60 dias, até no máximo maio de 2017.

A petroleira afirmou, em comunicado ao mercado, que o objetivo do plano de desligamentos divulgado nesta sexta-feira é adequar a força de trabalho às necessidades do Plano de Negócios e Gestão, elevar a produtividade e gerar valor para a companhia. A petroleira reportou na semana passada um prejuízo recorde de quase 37 bilhões de reais no quarto trimestre de 2015, afetado por baixas contábeis relacionadas ao declínio do preço do petróleo e à perda do grau de investimento.

O último plano de demissão voluntária da Petrobras foi lançado em janeiro de 2014 e já teve 6.254 desligamentos. Outros 1.055 empregados inscritos no programa de saída deixarão a empresa até maio de 2017, segundo a empresa.

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Rio de Janeiro - A Petrobras lançou um novo Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), dessa vez aberto para toda a força de trabalho, em mais uma tentativa de reduzir custos em meio a uma crise financeira, preocupando sindicalistas, que acreditam que haja uma pressão para adesão ao plano de demissão .

A estatal afirmou em comunicado ao mercado que, em uma estimativa de participação de aproximadamente 12 mil empregados, o custo previsto para a implantação do programa é de 4,4 bilhões de reais e a economia esperada é da ordem de 33 bilhões de reais até 2020.

Em outra nota, a companhia afirmou à imprensa que possui atualmente cerca de 12 mil empregados com condições de se aposentar, dos cerca de 57 mil funcionários próprios da Petrobras controladora que poderão participar do plano.

A Petrobras, que está trabalhando em uma revisão de seu plano plurianual de investimentos, não deixou claro se os 12 mil seriam uma meta.

Em entrevista à Reuters, o representante dos funcionários no Conselho de Administração da Petrobras, Deyvid Bacelar, disse que a empresa prevê o pagamento de indenizações de cerca de 212 mil a 706,6 mil reais aos funcionários que aderirem ao PIDV, citando um comunicado interno distribuído na companhia.

O tema, segundo Bacelar, não foi discutido em reuniões do Conselho de Administração e nem apresentado e conversado com entidades sindicais, o que ele acredita ser negativo. Os sindicatos temem que a redução do quadro de funcionários cause sobrecarga de trabalho, acidentes e mais horas extras.

"O grande problema é que é qualquer empregado pode aderir ao programa, um PIDV desse só ocorreu nos governos de Collor e FHC, quando muitas pessoas acabavam sendo pressionadas para pedirem demissão... Tem vários processos de pdvistas da década de 90", afirmou Bacelar, que também é coordenador-geral do Sindipetro Bahia, filiado à Federação Única Petroleiros (FUP).

Para o sindicalista, o ambiente atual de reestruturação da empresa permitirá que haja uma pressão sobre os funcionários se desligarem da companhia. Isso porque muitos empregados estão perdendo cargos com gratificações e até mesmo podem ser enviados para outras funções e localidades que considerem desvantajosas.

Na quarta-feira, a Petrobras anunciou uma redução de sete para seis no número de diretorias e mudanças no modelo de governança e gestão, com um corte de 43 por cento nas funções gerenciais em áreas não operacionais.

Para Bacelar, os cortes de cargos gerenciais são um "instrumento de pressão para os empregados que perderam as funções gratificadas".

Por volta das 15h, as ações preferenciais da estatal operavam em queda de 1,4 por cento, enquanto o petróleo Brent caía 3,7 por cento, e o Ibovespa subia 0,8 por cento.

"POUCOS BENEFÍCIOS" Bacelar afirmou que os benefícios oferecidos aos funcionários que não podem ainda se aposentar não devem ser o suficiente para convencê-los a aderir ao plano. Apenas os empregados aposentados que participarem do programa poderão continuar no plano de saúde da empresa, explicou Bacelar. Os demais poderão permanecer por no máximo 24 meses, mediante o pagamento integral da contribuição mensal.

O período de inscrições ao plano vai de 11 de abril a 31 de agosto de 2016 e, conforme a Petrobras, "foi desenvolvido tendo como base as premissas de preservação do efetivo necessário à continuidade operacional da companhia, com ajuste de pessoal em todas as áreas".

Segundo Bacelar explicou, a Petrobras informou aos seus funcionários que os desligamentos do PIDV 2016 vão acontecer no menor tempo possível, respeitando o prazo mínimo de 60 dias, até no máximo maio de 2017.

A petroleira afirmou, em comunicado ao mercado, que o objetivo do plano de desligamentos divulgado nesta sexta-feira é adequar a força de trabalho às necessidades do Plano de Negócios e Gestão, elevar a produtividade e gerar valor para a companhia. A petroleira reportou na semana passada um prejuízo recorde de quase 37 bilhões de reais no quarto trimestre de 2015, afetado por baixas contábeis relacionadas ao declínio do preço do petróleo e à perda do grau de investimento.

O último plano de demissão voluntária da Petrobras foi lançado em janeiro de 2014 e já teve 6.254 desligamentos. Outros 1.055 empregados inscritos no programa de saída deixarão a empresa até maio de 2017, segundo a empresa.

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