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Petrobras pede paralisação de navio-sonda da OOG após acidente

O pedido de paralisação do navio-sonda Norbe VIII veio após as conclusões de uma comissão interna da Petrobras para analisar as causas do acidente

Petrobras: "A Petrobras também nos notificou sobre a possibilidade de rescisão dos contratos relativos à unidade" (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 18h10.

São Paulo/Rio de Janeiro - A Petrobras pediu a paralisação das atividades do navio-sonda operado pela Odebrecht Óleo e Gás (OOG) a serviço da estatal, após uma explosão na unidade matar três pessoas em junho, e ameaçou rescindir o contrato em definitivo, segundo documento obtido pela Reuters.

Em comunicado interno a funcionários, o presidente-executivo da OOG, Roberto Simões, explicou que o pedido de paralisação do navio-sonda Norbe VIII veio após as conclusões de uma comissão interna da Petrobras para analisar as causas do acidente.

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"(A Petrobras) concluiu seus trabalhos e nos solicitou a paralisação das operações do navio-sonda, além de apresentação de defesa, por parte da OOG, no prazo de 15 dias", diz trecho do comunicado.

"A Petrobras também nos notificou sobre a possibilidade de rescisão dos contratos relativos à unidade por conta do ocorrido."

Segundo Simões, a OOG constituiu sua própria comissão para investigar o episódio, e vem adotando medidas para evitar que eventos similares voltem a ocorrer. O navio-sonda operava no campo de Marlim.

A paralisação e eventual rescisão do contrato do navio-sonda podem ser mais um golpe para a OOG, que na semana passada acertou acordo com um grupo de credores para reestruturar sua dívida, por meio de recuperação extrajudicial, após a Petrobras no fim de 2015 cancelar o contrato de afretamento e operação de outra sonda da OOG, o ODN Tay IV, que deveria vigorar até 2020.

Consultada, a OOG afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Não estava claro imediatamente se o navio-sonda integra a joint venture OOGTK, uma empresa 50/50 formada pela Odebrecht Óleo e Gás (OOG) e a multinacional Teekay Offshore.

A Petrobras não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

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