Petrobras está apreensiva com Sete Brasil, dizem fontes
A Petrobras está ficando aprensiva com alguns aspectos da reorganização da empresa de construção sondas para exploração de petróleo Sete Brasil, dizem fontes
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2015 às 21h54.
São Paulo - A Petrobras está ficando aprensiva com alguns aspectos da reorganização da empresa de construção sondas para exploração de petróleo Sete Brasil Participações SA, que está em dificuldades, situação que pode representar riscos de refinanciamento de 3,8 bilhões de dólares em dívidas, disseram duas fontes na segunda-feira.
Executivos e técnicos da área financeira da Petrobras estão questionando aspectos técnicos da reorganização da Sete Brasil, incluindo como proceder se os limites legais mínimos de conteúdo local das sondas forem desrespeitados e as multas que um eventual descumprimento dos limites poderia gerar, disse a primeira fonte, que solicitou anonimato por causa dos impedimentos legais em discutir o problema publicamente.
De acordo com ambas as fontes, a posição da Petrobras em alguns destes aspectos marca uma mudança em relação a visão expressa em maio, quando a Sete Brasil apresentou o plano de reorganização.
As fontes também disseram que nem o número de plataformas que a Sete Brasil concordou em construir sob os novos planos de negócios nem o custo de taxas diárias de afretamento, ou "taxas diárias" para a Petrobras, estão mantendo as partes em desacordo.
A Petrobras detém 9 por cento da Sete Brasil e planeja afretar todas as suas sondas de perfuração.
Sem o apoio total da Petrobras, o refinanciamento da dívida da Sete Brasil com os bancos estatais Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, assim como os credores privados Itaú Unibanco, Banco Bradesco e Banco Santander Brasil, pode enfrentar sérios obstáculos.
No início de julho, os bancos concordaram em refinanciar os pagamentos da dívida da Sete Brasil por mais 90 dias contanto que a fabricante de sondas apresentasse um plano para reestruturar suas operações.
De acordo com a primeira fonte, os bancos querem alongar os empréstimos porque acreditam que uma reestruturação ordenada pode trazer mais benefícios que uma liquidação da Sete Brasil.
"Nenhuma das partes está interessada em entrar em um cenário de liquidação", disse a fonte.
Quando foi fundada em 2011, a Sete Brasil prometeu investir mais de 25 bilhões de dólares para construir até 28 sondas de águas profundas que seriam alugadas para a Petrobras. O escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato, envolvendo a Petrobras e alguns das principais empreiteiras, paralisou a compra de plataformas e equipamentos.
Com sede no Rio de Janeiro, a Sete Brasil, fundada pela Petrobras e bancos, incluindo o BTG Pactual SA, enfrenta uma escassez crônica de fluxo de caixa, visto que a Petrobras está atrasando pagamentos e que os custos dos empréstimos aumentaram.
Sete Brasil, Itaú e BTG Pactual não quiseram comentar o assunto. Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e as outras empresas não comentaram imediatamente.
Texto atualizado às 21h54
São Paulo - A Petrobras está ficando aprensiva com alguns aspectos da reorganização da empresa de construção sondas para exploração de petróleo Sete Brasil Participações SA, que está em dificuldades, situação que pode representar riscos de refinanciamento de 3,8 bilhões de dólares em dívidas, disseram duas fontes na segunda-feira.
Executivos e técnicos da área financeira da Petrobras estão questionando aspectos técnicos da reorganização da Sete Brasil, incluindo como proceder se os limites legais mínimos de conteúdo local das sondas forem desrespeitados e as multas que um eventual descumprimento dos limites poderia gerar, disse a primeira fonte, que solicitou anonimato por causa dos impedimentos legais em discutir o problema publicamente.
De acordo com ambas as fontes, a posição da Petrobras em alguns destes aspectos marca uma mudança em relação a visão expressa em maio, quando a Sete Brasil apresentou o plano de reorganização.
As fontes também disseram que nem o número de plataformas que a Sete Brasil concordou em construir sob os novos planos de negócios nem o custo de taxas diárias de afretamento, ou "taxas diárias" para a Petrobras, estão mantendo as partes em desacordo.
A Petrobras detém 9 por cento da Sete Brasil e planeja afretar todas as suas sondas de perfuração.
Sem o apoio total da Petrobras, o refinanciamento da dívida da Sete Brasil com os bancos estatais Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, assim como os credores privados Itaú Unibanco, Banco Bradesco e Banco Santander Brasil, pode enfrentar sérios obstáculos.
No início de julho, os bancos concordaram em refinanciar os pagamentos da dívida da Sete Brasil por mais 90 dias contanto que a fabricante de sondas apresentasse um plano para reestruturar suas operações.
De acordo com a primeira fonte, os bancos querem alongar os empréstimos porque acreditam que uma reestruturação ordenada pode trazer mais benefícios que uma liquidação da Sete Brasil.
"Nenhuma das partes está interessada em entrar em um cenário de liquidação", disse a fonte.
Quando foi fundada em 2011, a Sete Brasil prometeu investir mais de 25 bilhões de dólares para construir até 28 sondas de águas profundas que seriam alugadas para a Petrobras. O escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato, envolvendo a Petrobras e alguns das principais empreiteiras, paralisou a compra de plataformas e equipamentos.
Com sede no Rio de Janeiro, a Sete Brasil, fundada pela Petrobras e bancos, incluindo o BTG Pactual SA, enfrenta uma escassez crônica de fluxo de caixa, visto que a Petrobras está atrasando pagamentos e que os custos dos empréstimos aumentaram.
Sete Brasil, Itaú e BTG Pactual não quiseram comentar o assunto. Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e as outras empresas não comentaram imediatamente.
Texto atualizado às 21h54