Petrobras diz a analistas que não descarta ajuda do governo
A petroleira vê a posição mínima de caixa de 15 bilhões de dólares sendo alcançada em meados de 2017 apenas considerando o pior cenário
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 12h07.
São Paulo - Com um elevado endividamento e a queda dos preços do petróleo, a Petrobras não descarta ajuda do governo federal, mas isso não está em discussão neste momento e seria a última opção, afirmaram executivos da empresa em encontro com analistas nesta sexta-feira, segundo relato do Itaú BBA em nota a clientes obtida pela Reuters.
Ainda de acordo com a nota do Itaú BBA a clientes, a petroleira vê a posição mínima de caixa de 15 bilhões de dólares sendo alcançada em meados de 2017 apenas considerando o pior cenário -- anteriormente, a empresa informara que previa encerrar 2015 com caixa de cerca de 22 bilhões de dólares.
A Petrobras realizou encontro com analistas do "sell side" na manhã desta sexta-feira para discutir os ajustes no plano de negócios 2015-2019, anunciado no início da semana, no qual reduziu os investimentos em 24,5 por cento ante o valor original.
Nesta sexta-feira, a estatal também sinalizou que mais cortes nos investimentos (capex) podem ocorrer no futuro, especialmente em razão do efeito dos preços do petróleo na indústria de serviços e equipamentos, conforme relato dos analistas do Itaú BBA.
O petróleo está sendo negociado em mínimas de mais de dez anos, abaixo de 30 dólares o barril.
De acordo com a nota do Itaú BBA, a companhia sinalizou ainda que está totalmente focada no plano de desinvestimentos, com dez grupos de ativos para venda que valem mais de 15 bilhões de dólares.
Sobre a venda da fatia na petroquímica Braskem, a Petrobras disse que analisa todas as possibilidades.
Em relação a dividendos, o analista Diego Mendes e equipe citaram que a empresa apenas mencionou que estão trabalhando para aumentar os retornos aos acionistas, mas que o pagamento de dividendos depende dos lucros da companhia.
Ainda conforme a nota a clientes dos analistas do Itaú BBA sobre o encontro, a empresa vê como maior risco a ação coletiva contra a companhia nos Estados Unidos, na esteira do escândalo de corrupção no Brasil, mas não forneceu qualquer guidance sobre como o processo irá se desenvolver ou valores.
Às 12:46, as preferenciais da Petrobras recuavam 6,3 por cento e as ações ordinárias caíam 3,7 por cento, em meio a forte recuo dos preços do petróleo. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 2,6 por cento.
São Paulo - Com um elevado endividamento e a queda dos preços do petróleo, a Petrobras não descarta ajuda do governo federal, mas isso não está em discussão neste momento e seria a última opção, afirmaram executivos da empresa em encontro com analistas nesta sexta-feira, segundo relato do Itaú BBA em nota a clientes obtida pela Reuters.
Ainda de acordo com a nota do Itaú BBA a clientes, a petroleira vê a posição mínima de caixa de 15 bilhões de dólares sendo alcançada em meados de 2017 apenas considerando o pior cenário -- anteriormente, a empresa informara que previa encerrar 2015 com caixa de cerca de 22 bilhões de dólares.
A Petrobras realizou encontro com analistas do "sell side" na manhã desta sexta-feira para discutir os ajustes no plano de negócios 2015-2019, anunciado no início da semana, no qual reduziu os investimentos em 24,5 por cento ante o valor original.
Nesta sexta-feira, a estatal também sinalizou que mais cortes nos investimentos (capex) podem ocorrer no futuro, especialmente em razão do efeito dos preços do petróleo na indústria de serviços e equipamentos, conforme relato dos analistas do Itaú BBA.
O petróleo está sendo negociado em mínimas de mais de dez anos, abaixo de 30 dólares o barril.
De acordo com a nota do Itaú BBA, a companhia sinalizou ainda que está totalmente focada no plano de desinvestimentos, com dez grupos de ativos para venda que valem mais de 15 bilhões de dólares.
Sobre a venda da fatia na petroquímica Braskem, a Petrobras disse que analisa todas as possibilidades.
Em relação a dividendos, o analista Diego Mendes e equipe citaram que a empresa apenas mencionou que estão trabalhando para aumentar os retornos aos acionistas, mas que o pagamento de dividendos depende dos lucros da companhia.
Ainda conforme a nota a clientes dos analistas do Itaú BBA sobre o encontro, a empresa vê como maior risco a ação coletiva contra a companhia nos Estados Unidos, na esteira do escândalo de corrupção no Brasil, mas não forneceu qualquer guidance sobre como o processo irá se desenvolver ou valores.
Às 12:46, as preferenciais da Petrobras recuavam 6,3 por cento e as ações ordinárias caíam 3,7 por cento, em meio a forte recuo dos preços do petróleo. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 2,6 por cento.