São Paulo - A Petrobras confirmou nesta sexta-feira, 13, que a audiência para definir qual investidor será o líder das ações contra a companhia nos Estados Unidos ocorrerá no próximo dia 20 de fevereiro, conforme publicou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
As ações deverão ser consolidadas em um único processo. Também de acordo com o comunicado, no dia 27 de fevereiro, o investidor líder deverá apresentar a petição inicial consolidada da causa. Não há audiência marcada para esse dia 27.
A estatal destaca que contratou escritório de advocacia norte-americano especializado e "irá defender-se firmemente em relação às alegações feitas nessas ações".
A Petrobras diz ainda que, conforme já informado ao mercado em 9 e 12 de dezembro de 2014, cinco ações coletivas (class actions) foram propostas contra a companhia perante Corte nos Estados Unidos em nome de investidores titulares de American Depositary Shares (ADSs) negociadas na bolsa de Nova York.
"Uma dessas ações também envolve titulares de global notes emitidas por empresas financeiras controladas da Petrobras em ofertas públicas realizadas entre 2012 e 2014", explica.
O Broadcast apurou que, somados, os prejuízos alegados pelos investidores que aderiram às ações coletivas nos Estados Unidos chegam a US$ 530 milhões.
Esses investidores argumentam que tiveram prejuízos porque a estatal não divulgou adequadamente o esquema de corrupção na empresa, que quando se tornou público fez as ações e bônus se desvalorizarem.
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1. 2014 problemático
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1/11 (Galdieri/Bloomberg)
São Paulo - O primeiro trimestre ainda nem acabou, mas a
Petrobras já acumulou problemas neste período que podem valer para o ano inteiro. Entre processo de investigação de propina, preço das
ações despencando e produção de
petróleo menor, a petroleira dá indícios que não vive um bom momento. Veja, a seguir, 10 enroscos em que a Petrobras já se meteu neste ano:
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2. Investigação sobre propina
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2/11 (Sérgio Moraes/Reuters)
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3. Endividamento bilionário
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3/11 (REUTERS/Nacho Doce)
A captação de 8,5 bilhões de dólares anunciada pela Petrobras nesta semana deve impactar ainda mais o endividamento da estatal. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo,
a dívida líquida da petroleira deverá passar de 100 bilhões de dólares até 2018. De acordo com o novo plano de negócios quinquenal da Petrobras (2014-2018), 60,5 bilhões de dólares serão levantados em dívida bruta nos próximos cinco anos.
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4. Queda da produção
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4/11 (Pedro Lobo/Bloomberg News)
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5. Multa bilionária
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5/11 (REUTERS/Sergio Moraes)
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6. Ações despencaram
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6/11 (Alexandre Battibugli/EXAME)
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7. Valor de mercado menor
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7/11 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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8. Preço do dólar divergente
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8/11 (Bruno Domingos/Reuters)
Durante evento para divulgar seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, a Petrobras afirmou que vai trabalhar com um dólar de 2,23 reais neste ano.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
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9. Preço do combustível
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9/11 (Divulgação/Petrobras)
A interferência do governo nos negócios da Petrobras também tem preocupado investidores, principalmente quando o assunto é o polêmico reajuste no preço do combustível.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.
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10. Independência do governo
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10/11 (Francois Lenoir/Reuters)
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11. Agora, veja 20 empresas que dominam o país
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11/11 (AGÊNCIA BRASIL)