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Petrobras avisa que não pagará mais PLR para os funcionários

Com essa medida, a empresa encerrou unilateralmente a negociação que mantinha com sindicatos, desde o ano passado

Petrobras: remuneração vai ser com base na meritocracia, afirma a estatal (NurPhoto/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2019 às 07h54.

Última atualização em 27 de março de 2019 às 11h23.

Rio de Janeiro — A diretoria da Petrobras anunciou aos empregados que não vai mais pagar participação no lucro (PLR) a partir de 2020. O benefício será incorporado a um novo programa de remuneração variável, que apenas será distribuído nos anos em que a empresa registrar lucro de pelo menos R$ 10 bilhões. As mudanças foram aprovadas pelo conselho de administração na semana passada e comunicadas aos funcionários via intranet, na última segunda-feira, 25.

"Alinhado ao Plano de Negócios e Gestão, o programa valorizará a meritocracia e trará flexibilidade para um cenário em que a empresa busca mais eficiência e alinhamento às melhores práticas de gestão", traz o comunicado interno ao qual o Estado/Broadcast teve acesso.

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Com essa medida, a empresa encerrou unilateralmente a negociação que mantinha com sindicatos, desde o ano passado. Num primeiro momento, ainda no governo de Michel Temer e presidência de Ivan Monteiro, a petroleira tentava condicionar o pagamento da PLR ao alcance de metas financeiras. A intenção era que, em anos de prejuízo ou quando o endividamento estivesse muito elevado, o benefício não fosse distribuído.

Até então, o PLR era calculado a partir de métricas operacionais. Se as metas das principais áreas fossem atingidas, os funcionários eram remunerados, independentemente do resultado financeiro alcançado no ano. O argumento dos sindicatos para defender esse modelo sempre foi que o pessoal de chão de fábrica não possui ingerência sobre questões financeiras e, por isso, não poderia ser penalizado por métricas que dizem respeito ao caixa .

O presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, afirmou que a entidade ainda avalia como se posicionará. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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