Pátria Investimentos foca em infraestrutura privada
Gestora está procurando alternativas de investimentos em infraestrutura, com foco em setores não regulados pelo governo
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 16h03.
São Paulo - O gestor de recursos Pátria Investimentos está procurando alternativas de investimentos em infraestrutura , com foco em setores não regulados pelo governo, como companhias dos setores de saneamento privado, tradings de grãos, mineração, pequenas e médias indústrias, portos e terminais privados.
"Nossa estratégia é focar em empreendimentos não diretamente relacionados com o governo. Optamos por servir empresas", disse o sócio responsável pela área de infraestrutura do Pátria, Otavio Castello Branco.
"Estamos perseguindo logística de forma geral, como portos, terminais, setor de ferrovias e saneamento privado", disse.
No momento, os investimentos estão sendo feitos por meio de um fundo de infraestrutura (P2 Brasil) de 1,2 bilhão de dólares, que teve a captação concluída em agosto de 2011. O veículo é uma parceria com o grupo Promon.
O P2 já fez seis investimentos - nas empresas NovaAgri (logística de grãos), Latin American Power (energia renovável), Nova Opersan (saneamento), Highline do Brasil (torres para telecom), Hidrovias do Brasil e Oceana (serviços offshore e estaleiro).
A totalidade dos recursos será investida dentro de 12 a 18 meses, sendo que mais da metade já foi alocado, acrescentou o executivo, que não quis comentar novas captações. "Estamos sempre em processo de captação em alguma área, disse a jornalistas nesta quarta-feira.
O executivo afirmou que concessões públicas só interessam se o retorno do investimento for superior aos 8 a 10 por cento oferecidos atualmente. "Podemos investir em setores regulados, mas desde que atenda nossos padrões de retorno. Os 8 por cento não pagam a conta." O Pátria Investimentos conta com 14 bilhão de reais sob gestão, sendo cerca de 5 bilhões de reais em infraestrutura, cerca de 5 bilhões em private equity e cerca de 2,5 milhões de reais em investimentos imobiliários, além de recursos em gestão em fundos de ações, multimercado e de crédito.
Segundo o executivo, o Pátria também tem planos de investir em infraestrutura em países como Chile, Peru e Colômbia. No momento, a companhia já investe em energia elétrica no Chile e no Peru.
INVESTIDORES O apetite dos investidores institucionais brasileiros em diversificar sua carteira está elevando a participação deste tipo de cliente nos negócios do Pátria Investimentos, que chegou neste ano a 50 por cento, ante fatia não superior a 30 por cento há cinco anos.
Segundo Castello Branco, mesmo com a recente alta da taxa básica de juros no Brasil, os investidores institucionais nacionais ainda apostam em uma redução da Selic no longo prazo, o que justifica a busca por diversificação de investimentos para alternativas além de títulos do governo. "As fundações agora têm profissionais dedicados a isso. É uma tendência inexorável e crescente", afirmou.
Além dos fundos de pensão, o executivo destacou o maior apetite por parte de clientes de private banking e pessoas físicas, acrescentando que não diminuiu o interesse dos clientes estrangeiros.
São Paulo - O gestor de recursos Pátria Investimentos está procurando alternativas de investimentos em infraestrutura , com foco em setores não regulados pelo governo, como companhias dos setores de saneamento privado, tradings de grãos, mineração, pequenas e médias indústrias, portos e terminais privados.
"Nossa estratégia é focar em empreendimentos não diretamente relacionados com o governo. Optamos por servir empresas", disse o sócio responsável pela área de infraestrutura do Pátria, Otavio Castello Branco.
"Estamos perseguindo logística de forma geral, como portos, terminais, setor de ferrovias e saneamento privado", disse.
No momento, os investimentos estão sendo feitos por meio de um fundo de infraestrutura (P2 Brasil) de 1,2 bilhão de dólares, que teve a captação concluída em agosto de 2011. O veículo é uma parceria com o grupo Promon.
O P2 já fez seis investimentos - nas empresas NovaAgri (logística de grãos), Latin American Power (energia renovável), Nova Opersan (saneamento), Highline do Brasil (torres para telecom), Hidrovias do Brasil e Oceana (serviços offshore e estaleiro).
A totalidade dos recursos será investida dentro de 12 a 18 meses, sendo que mais da metade já foi alocado, acrescentou o executivo, que não quis comentar novas captações. "Estamos sempre em processo de captação em alguma área, disse a jornalistas nesta quarta-feira.
O executivo afirmou que concessões públicas só interessam se o retorno do investimento for superior aos 8 a 10 por cento oferecidos atualmente. "Podemos investir em setores regulados, mas desde que atenda nossos padrões de retorno. Os 8 por cento não pagam a conta." O Pátria Investimentos conta com 14 bilhão de reais sob gestão, sendo cerca de 5 bilhões de reais em infraestrutura, cerca de 5 bilhões em private equity e cerca de 2,5 milhões de reais em investimentos imobiliários, além de recursos em gestão em fundos de ações, multimercado e de crédito.
Segundo o executivo, o Pátria também tem planos de investir em infraestrutura em países como Chile, Peru e Colômbia. No momento, a companhia já investe em energia elétrica no Chile e no Peru.
INVESTIDORES O apetite dos investidores institucionais brasileiros em diversificar sua carteira está elevando a participação deste tipo de cliente nos negócios do Pátria Investimentos, que chegou neste ano a 50 por cento, ante fatia não superior a 30 por cento há cinco anos.
Segundo Castello Branco, mesmo com a recente alta da taxa básica de juros no Brasil, os investidores institucionais nacionais ainda apostam em uma redução da Selic no longo prazo, o que justifica a busca por diversificação de investimentos para alternativas além de títulos do governo. "As fundações agora têm profissionais dedicados a isso. É uma tendência inexorável e crescente", afirmou.
Além dos fundos de pensão, o executivo destacou o maior apetite por parte de clientes de private banking e pessoas físicas, acrescentando que não diminuiu o interesse dos clientes estrangeiros.