O administrador da Parmalat Participações do Brasil, Andrea Ventura, afirmou que os recursos para manter a empresa no país vinham da Parmalat italiana e que, somente nos últimos dois anos, a empresa recebeu mais de 200 milhões de reais. Segundo ele, depois que a crise financeira da matriz foi desencadeada, a subsidiária teve de devolver dinheiro que já havia sido enviado - cerca de 300 milhões de reais voltaram pata a Itália.

Ventura esteve na comissão especial do Cãmara que acompanha o caso Parmalat nesta terça-feira (10/2). Segundo o executivo, a empresa está administrando uma dívida de 758 milhões de dólares junto aos bancos. Desse valor, afirmou Ventura, 93% são devidos a bancos estrangeiros. Os 7% restantes estão distribuídos entre os bancos nacionais Fibra, BIC, Banco Brasil e ABN Amro. "A dívida com cada um chega a 5 milhões de dólares", disse.

Arrendamentos
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, afirmou que o arrendamento de filiais da Parmalat por cooperativas está dando certo e deve continuar. "Na minha opinião, esse caminho é positivo porque assegura a preservação do emprego industrial, da capacidade produtiva dos agricultores e atividade econômica nas diversas regiões que a Parmalat ocupa ."

Ele ressaltou que alguns produtores de leite que negociavam com a Parmalat já estão normalizando suas atividades. O ministro informou que esses produtores conseguiram vender a produção para cooperativas e outros fornecedores.

Rosseto lembrou que o governo não irá injetar dinheiro na empresas. " Isso é uma negociação entre empresas privadas. O que será feito é buscar maneiras legais de garantir a preservação dos produtores. "

Com informações da Agência Brasil