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Paramount investe em mercado de tecidos finos

No primeiro dia do São Paulo Fashion Week, o evento de moda mais badalado do país, o empresário paulista Fuad Matar, dono da Paramount, empresa têxtil brasileira, assistiu na primeira fila ao desfile do estilista Ricardo Almeida. Até pouco tempo atrás, estar presente num evento desse tipo não fazia parte da rotina de Fuad. Mas […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

No primeiro dia do São Paulo Fashion Week, o evento de moda mais badalado do país, o empresário paulista Fuad Matar, dono da Paramount, empresa têxtil brasileira, assistiu na primeira fila ao desfile do estilista Ricardo Almeida. Até pouco tempo atrás, estar presente num evento desse tipo não fazia parte da rotina de Fuad. Mas a estratégia da empresa mudou. Mais conhecida por fabricar fios acrílicos para malharias e linhas para trabalhos manuais, a Paramount agora quer crescer no mercado de tecidos finos de pura lã.

O patrocínio do desfile de Ricardo Almeida no Fashion Week faz parte dessa nova estratégia. O estilista confeccionou quase todas as roupas apresentadas no seu desfile com um lançamento da Paramount, o Collezione Super 150 - um tecido em pura lã extrafina nunca antes fabricado na América do Sul. "Estar presente num evento de moda como este e ter seu produto testado por alguém que é formador de opinião é muito importante para nós", diz Fuad. "Precisamos mostrar que temos aqui o que antes só era feito na Europa".

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Além do Collezione Super 150, Ricardo Almeida já usa outras lãs fabricadas pela Paramount na sua confecção. Mas ele não é o único cliente do produto, embora seja o mais famoso. Hoje, o principal canal de distribuição dos tecidos finos da empresa no Brasil são as lojas de roupas masculinas Brooksfield, Brooksfield Junior, Via Veneto e Harrys. Juntas, essas lojas, que somam 100 pontos-de-venda e formam uma das maiores redes de varejo do país, venderam em 2003, cerca de 360 000 ternos confeccionados com as lãs Paramount.

Lá fora, a briga é mais acirrada porque é preciso disputar espaço, por exemplo, com os lanifícios da província italiana de Biella, que fabricam os tecidos de pura lã mais prestigiados do mundo. São nomes como Vitale Barberis Canonico, Loro Piana e Ermenegildo Zegna. Em 2003, a Paramount conseguiu exportar 12 milhões de dólares de tecidos de pura lã, sobretudo para os Estados Unidos e a Argentina. Esse valor representou um crescimento de 25% em relação ao comercializado em 2002.

Para 2004, a expectativa é de que esse desempenho se repita. Para isso, os primeiros passos já começam a ser dados. Na última semana de fevereiro, a Paramount exibirá seus produtos na Première Vision, a maior e mais renomada feira de tecelagem do mundo. Além dela, só mais duas empresas brasileiras - a Santista Têxtil e a Santana Têxtil, ambas fabricantes de jeans - foram selecionadas para integrar a lista de expositores da feira, que dita as cores e tecidos que serão moda na Europa.

Além de fabricante de tecidos de pura lã e de fios acrílicos, a Paramount também é dona no Brasil das licenças das marcas Lacoste e Wilson, e faturou 300 milhões de reais em 2003, um crescimento de 20% em relação à receita obtida em 2002. Desse valor, disse Fuad, 90 milhões de reais vieram de exportações.

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