São Paulo – Um novo estudo da Universidade de Toronto descobriu o que, no fundo, já sabíamos: as pessoas não foram feitas para trabalhar por oito horas seguidas sem descanso.
Muito pelo contrário. As pessoas mais eficientes são aquelas que se concentram em uma tarefa e, logo depois, fazem uma pausa.
Isso acontece porque o cérebro tem um estoque limitado de energia psicossocial, disse John Trougakos, coautor da pesquisa e professor do departamento de Comportamento Organizacional e Gerenciamento de Recursos Humanos.
“Todos os esforços de controlar o comportamento para produzir e manter o foco esgotam a fonte de energia psicossocial. Uma vez que a energia se esgota, nos tornamos menos eficientes em tudo que fazemos”, diz ele.
A pesquisa se baseia em um mapeamento feito na empresa de redes sociais Draugiem Group. A partir do aplicativo DeskTime, os pesquisadores mapearam como as horas de trabalho eram gastas e quanto trabalho estava sendo realizado.
O resultado foi surpreendente. As pessoas mais produtivas não trabalhavam mais do que as demais. Sequer completavam as oito horas diárias de trabalho.
Elas faziam mais pausas. A chave para ser mais produtivo, segundo esse estudo, são folgas de 17 minutos a cada 52 minutos trabalhados.
Mas não adianta usar esses minutos de folga para checar e-mails ou assistir vídeos no YouTube. Para ser efetiva, a pausa precisa ser feita longe do computador – andando, tomando um café, lendo um livro ou conversando com colegas.
A pesquisa sugere que as empresas ofereçam um horário de almoço razoável, além de permitir que os funcionários tirem pausas de qualidade, sem medo de serem taxados de preguiçosos ou folgados.
Outro segredo das pessoas mais produtivas é trabalhar com um propósito. A lista de tarefas deve ser realista e objetiva.
“Trabalhar com propósito também pode ser chamado da teoria de dedicação 100%”, disse Julia Gilford à revista Muse, quando postou os resultados da pesquisa. Ou seja, a noção de que tudo o que você faz, faz totalmente concentrado.
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1. Além da baia
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1/7 (Divulgação/Herman Miller)
São Paulo – Há outras maneiras de se trabalhar que vão além do digitar solitário no computador. De acordo com a empresa multinacional de mobiliário Herman Miller, que presta serviços para o Google, o Facebook e outras grandes do Vale do Silício, existem dez. Levando-se em conta se o serviço é mais indicado para ser feito em conjunto ou só, a maior especialista em ambientes de trabalho do mundo criou os modelos de ambiente ideais para aumentar a produtividade em cada uma delas. Veja a relação a seguir:
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2. Colmeia
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2/7 (Divulgação/Herman Miller)
Na criação, pode-se tirar vantagem do palpite, do novo olhar ou mesmo da colaboração de outros colegas. Para facilitar isso, existe um ambiente chamado Colmeia, que intensifica a interação entre os funcionários.
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3. Jump Space
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3/7 (Divulgação/Herman Miller)
Os chamados “jump spaces” são pequenas estações preparadas para receber pessoas temporariamente, seja para os funcionários que trabalham em home office, seja para aqueles que ficam pouco tempo no escritório, apenas para responderem a demandas específicas geradas por uma ideia anterior.
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4. Clubhouse
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4/7 (Divulgação/Herman Miller)
Quando um grupo grande de pessoas precisa trabalhar junto por um grande período de tempo, os clubhouses são os ambientes ideais. Eles são desenhados para a colaboração e também oferecem certa privacidade com relação aos demais membros da empresa.
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5. Esconderijo
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5/7 (Divulgação/Herman Miller)
Às vezes uma conversa rápida é mais eficaz do que uma grande reunião, pois é mais direta e economiza tempo e atenção de todos. Os esconderijos são os lugares desenhados para esse tipo de interação. São locais reservados, próximos às mesas individuais, onde duas ou três pessoas podem conversar rapidamente sobre determinado assunto com certa privacidade.
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6. Desembarque
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6/7 (Divulgação/Herman Miller)
Entre uma tarefa e outra, é essencial que o funcionário tenha um tempo para respirar e reprogramar sua concentração para o próximo desafio. As chamadas “áreas de desembarque”, locais normalmente próximos às salas de reunião, são desenhadas para isso.
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7. Agora, veja como é a sede da Serasa por dentro
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7/7 (Luísa Melo/Exame.com)