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Para conter monopólios, acionistas ativistas sugerem divisão do Google

O grupo SumOfUs deve fazer a proposta de desmembramento na reunião anual de acionistas da Alphabet, empresa mãe do Google

Google: Acionistas ativistas querem que a empresa mãe do Google, a Alphabet, se desmembre antes que os reguladores obriguem a companhia a se dividir em diferentes partes (Ole Spata/Corbis/Latinstock/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 19 de junho de 2019 às 14h00.

Última atualização em 19 de junho de 2019 às 14h11.

São Francisco — Acionistas ativistas querem que a empresa mãe do Google , a Alphabet , se desmembre antes que os reguladores obriguem a companhia a se dividir em diferentes partes.

O SumOfUs, um grupo norte-americano que visa conter o crescente poder das corporações, deve fazer essa proposta na reunião anual de acionistas da Alphabet, nos escritórios da empresa em Sunnyvale, no Estado norte-americano da Califórnia.

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"As autoridades dos EUA e da UE continuam preocupadas com o poder de mercado da Alphabet devido às restrições impostas aos monopólios", diz a proposta. "Acreditamos que os acionistas poderiam receber maior valor de uma redução estratégica voluntária no tamanho da empresa do que de vendas de ativos compelidas por reguladores."

A proposta não tem chances realistas de sucesso, já que os dois principais executivos da Alphabet, Larry Page e Sergey Brin, detêm 51,3% dos votos dos acionistas.

No entanto, isso mostra um foco crescente na perspectiva de ações antitruste contra a Alphabet e outras grandes empresas de tecnologia, como Facebook e Amazon, que enfrentam uma reação política e pública sobre questões de privacidade e o poder que elas agora exercem sobre a circulação de informações no mundo.

A proposta de desmembramento é uma das 13 na pauta de reunião desta quarta-feira da Alphabet. Um grupo de funcionários do Google está apoiando cinco das propostas, que ajudou a criar, mas não a proposta de dividir a empresa.

Embora nenhuma das propostas deve ser aprovada, o Google pode responder a questões levantadas. A empresa parou de trabalhar em um mecanismo de busca chinês que foi censurado por Pequim e proibiu o uso de suas ferramentas de inteligência artificial para armas após petições de funcionários e ativistas externos.

"Começamos como uma voz no deserto em algumas dessas questões, mas o assunto veio mais à tona", disse Sondhya Gupta, gerente de campanha do SumOfUs.

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