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Panamá pretende concluir investigação do caso Odebrecht no início de 2019

No período entre 2006 e 2014, a Odebrecht teria pago subornos no valor de US$ 100 milhões, de acordo com o relatório dos promotores

Imagem de arquivo: a Justiça panamenha validou em dezembro do ano passado o acordo alcançado entre o Ministério Público e a Odebrecht (Carlos Jasso/Reuters)

Imagem de arquivo: a Justiça panamenha validou em dezembro do ano passado o acordo alcançado entre o Ministério Público e a Odebrecht (Carlos Jasso/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de novembro de 2018 às 08h07.

Última atualização em 30 de novembro de 2018 às 08h08.

Cidade do Panamá - O progresso da investigação do caso de pagamento de subornos da Odebrecht no Panamá já registra um avanço de 80% e poderia terminar nos primeiros três meses de 2019, informou nesta quinta-feira o Ministério Público panamenho.

Como resultado da investigação, que começou no final de 2016, há 76 acusados, foram recuperados US$ 255.123.484,60, determinadas cinco condenações e se recebeu a cooperação internacional de 23 jurisdições, detalharam aos jornalistas os promotores anticorrupção Zuleyka Moore, Vielka Broce, Ruth Morcillo e Tania Sterling.

"A troca de informação nos permitiu chegar muito longe para determinar o alcance desta trama de corrupção no caso Odebrecht", afirmou Moore.

No período entre 2006 e 2014, a Odebrecht teria pago subornos no valor de US$ 100 milhões, de acordo com o relatório dos promotores, que também deram detalhes do caixa 2 através do qual eram realizados os pagamentos ilegais.

A Justiça panamenha validou em dezembro do ano passado o acordo alcançado entre o Ministério Público e a Odebrecht, que inclui o pagamento de uma multa de US$ 220 milhões e o arquivamento do caso no Panamá contra a construtora brasileira e seus antigos diretores no país por terem colaborado nas investigações.

Durante a audiência de validação do acordo, a procuradoria revelou que André Rabello, que dirigiu durante vários anos as operações da Odebrecht no Panamá, confessou ter pagado mais de US$ 80 milhões a funcionários e particulares panamenhos, dos quais US$ 55,8 milhões recaíram nos irmãos Luis e Ricardo Martinelli-Linares, filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014).

Os dois filhos do ex-presidente Martinelli foram detidos em Miami, nos Estados Unidos, no último dia 20 de novembro por questões migratórias, segundo se informou em Washington.

Os promotores anticorrupção disseram hoje que o processo de extradição dos dois irmãos Martinelli está nas mãos do governo dos EUA após ter sido solicitado pelo Panamá.

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