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Opep, Rússia e aliados estão próximos de fechar acordo para cortar oferta

As definições sobre o tamanho dos cortes devem ser divulgadas nesta sexta-feira

Reunião teve como objetivo negociar cortes de oferta (Shannon Stapleton/Reuters)
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Juliana Estigarribia

Publicado em 9 de abril de 2020 às 13h34.

Última atualização em 9 de abril de 2020 às 13h47.

Membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros grandes produtores como Rússia, Estados Unidos e Noruega se reuniram, virtualmente, nesta quinta-feira, 9, para discutir cortes de produção para equilibrar os preços da commodity. Delegados disseram que Arábia Saudita e Rússia concordaram sobre a redução da oferta, mas a decisão final sobre o tamanho dos cortes pode ser anunciada somente nesta sexta-feira, 10.

Os ministros de Energia do grupo dos 20 países mais industrializados (G20) realizarão uma teleconferência nesta sexta-feira para discutir como garantir "a estabilidade do mercado."

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O acordo caminha para um corte entre 12 milhões e até 20 milhões de barris por dia (bpd), mas o sucesso das negociações também depende da participação, ou não, de países como os Estados Unidos e o Canadá.

Diante da queda da demanda global, decorrente da pandemia do novo coronavírus, os grandes produtores do cartel, encabeçados pela Arábia Saudita, não conseguiram chegar a um acordo sobre novos cortes de oferta no início de março, o que causou um colapso dos preços.

O cenário não tem precedentes na história. Quando a demanda recuava, os membros da Opep se reuniam para equilibrar os preços. Em momentos de excesso de oferta, como aconteceu na última década com o avanço do shale gas nos Estados Unidos, o cartel também se movimentava para equalizar o mercado.

Agora, a expectativa é que os preços voltem a caminhar para um nível mais confortável para os produtores. Somente com a possibilidade de uma reunião positiva, os preços do Brent subiram quase 10% nesta quinta-feira, para 36 dólares.

Atualmente, os Estados Unidos produzem cerca de 15 milhões de bpd, seguido da Arábia Saudita (12 milhões) e pela Rússia (10 milhões).

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