Eike Batista: fusão entre as empresas do grupo EBX só será possível se os credores e acionistas aprovarem, diz advogado (AGNEWS)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h57.
São Paulo – A OSX confirmou na última sexta-feira que vai entrar com pedido de recuperação judicial. Outro rumor que aguarda confirmação é a possível fusão entre ela e a OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista.
Para o advogado Leonardo Ribeiro Dias, sócio do escritório Turci Advogados, a operação, no entanto, só será possível se os credores e acionistas das duas empresas aprovarem.
Segundo Dias, primeiramente, os acionistas e credores devem aprová-la. Em seguida, eles precisarão avaliar de qual maneira a fusão poderá colaborar positivamente para que as empresas se recuperem.
“Para que a fusão de fato ocorra, as empresas deverão demonstrar aos acionistas e credores de que maneira isso poderá colaborar para que elas superem as dívidas, e não as acumulem”, explica.
De acordo com o advogado, a união entre companhias, que recorrem ao apoio judicial para não encerrar as atividades, só é válida quando elas comprovam, de alguma maneira, que a medida agregará valor a elas, como aumentar a eficiência e reduzir as despesas.
Além disso, deve constar no plano de recuperação.
Credores
A Caixa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e Social são alguns dos credores da OSX. Com o primeiro banco, a companhia conseguiu renovar um empréstimo no valor de 400 milhões de reais, que havia vencido em outubro.
O dinheiro era destinado às obras do Porto de Açu, principal empreendimento da empresa. Antes disso, outro empréstimo de 518 milhões de reais já havia tido seu prazo de vencimento prorrogado pelo BNDES.
Além dos bancos públicos, a OSX tem dívidas com diversos fornecedores relativas à construção de plataformas.
A companhia é a segunda do grupo EBX a pedir recuperação judicial - a exemplo do que aconteceu com a OGX no fim do mês de outubro.