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Novo presidente da GM chega para cuidar do pós-venda

Montadora, que lançou dez modelos em menos de dois anos, também quer reforçar presença industrial no país

GM: para novo presidente, bom pós-venda garante fidelidade dos clientes (Dimas Ardian/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 17h28.

São Paulo - No início desse mês, a General Motors anunciou o colombiano Santiago Chamorro como novo presidente da operação brasileira. Nesta quarta-feira o executivo concedeu sua primeira entrevista e disse que uma das prioridades de sua gestão é alavancar o pós-venda da montadora no país. “Produzir e vender são etapas fundamentais, mas também é necessário fidelizar os clientes. Um pós-venda bem estruturado é praticamente a garantia de uma nova compra”, afirmou.

Para ele, a GM já tem “a melhor rede de concessionárias do país”, mas mesmo assim ainda há espaço para melhorias. “Não há previsão de expansão do número de lojas, mas vamos investir para modernizar as instalações e aprimorar os processos”, disse.

Depois de lançar dez modelos em menos de dois anos, a GM traz o executivo para dar continuidade ao projeto de reformulação do portfólio. “O ritmo de lançamentos não será o mesmo, mas as novidades não vão parar de aparecer”, disse o executivo. Entre suas tarefas no comando da empresa está a missão de fortalecer a presença industrial da GM no país. “Queremos aprofundar as conversas com o governo e participar mais das discussões do setor”, disse.

Dono de um português impecável, o colombiano já atuava no país como diretor geral de vendas, serviços e marketing da montadora desde maio de 2012 e chega para substituir Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul, que ocupava o cargo interinamente depois da saída de Grace Lieblein em dezembro de 2012. Em sua primeira conversa com a imprensa, o executivo mostrou-se a par de todos os números da montadora e disse que pela primeira vez a GM deve ultrapassar a marca de 700 mil carros vendidos esse ano, crescimento de 5% em relação a 2012. A operação brasileira responde por 60% das vendas da América do Sul. A região, por sua vez, detém 12% do faturamento global da montadora.

Exportações

Chamorro, de 43 anos, chega à presidência da montadora em um momento especial para as exportações. O dólar no patamar de R$ 2,30 deve fazer a remessa de veículos ao exterior crescer significativamente neste ano, sobretudo para o mercado Argentino. “Até julho já exportamos 56 mil unidades e devemos chegar a 100 mil até o fim do ano, um crescimento de 30% em relação ao ano passado.”


Enquanto se familiariza com o comando da montadora, Chomorro também se adapta às questões brasileiras. Apesar de já ter morado no país por cinco anos, as recentes manifestações sociais surpreenderam o colombiano – e a GM também. Cerca de 6 mil veículos deixaram de ser produzidos nos dias de protestos e 15 veículos modelo Camaro foram alvo de vandalismo em concessionárias da marca. “Os fornecedores tiveram dificuldade para entregar as peças e acabamos perdendo a produção, mas vamos conseguir recuperar grande parte disso”, disse Ardila.

Mesmo assim, o estoque da montadora acompanha a tendência do setor e é de 35 dias. “É um pouco acima do que consideramos ideal, cerca de 30 dias. Para equilibrar isso suspendamos a produção aos sábados, com exceção dos modelos Primas e Ônix, que tem até fila de espera”, afirmou Ardila.

Novos investimentos

Sobre a fábrica de São José dos Campos (SP), Ardila disse que os funcionários retomam o trabalho depois de férias coletivas e licença remunerada no dia 26 de agosto e darão continuidade à produção do modelo Classic. Entretanto, a previsão do fechamento da linha de veículos está mantida e acontece no fim de dezembro deste ano. Cerca de 750 trabalhadores atuam na linha e há um programa de demissão voluntária em andamento na montadora.

Mas nem todas as notícias são ruins para a fábrica do interior paulista. Apesar de não ter confirmado o investimento de R$ 2,5 bilhões na unidade – para a produção de um novo modelo de grande volume – Ardila disse que as conversas com o sindicato local fluíram bem e que o parecer final depende de análises técnicas. “Fábricas de três países da Ásia e América do sul competem pelo investimento. Até o fim do ano teremos um parecer”, disse o executivo.

Sem dar muitas pistas sobre o novo modelo, Ardila disse apenas que será um veículo de grande volume. “É um novo Celta, um novo Uno, mas ainda não posso dar detalhes”, disse. Se escolhida, a fábrica de São José dos Campos pode gerar 2,5 mil empregos na cidade em 2017 - data prevista para o início da produção do novo modelo.

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São Paulo - No início desse mês, a General Motors anunciou o colombiano Santiago Chamorro como novo presidente da operação brasileira. Nesta quarta-feira o executivo concedeu sua primeira entrevista e disse que uma das prioridades de sua gestão é alavancar o pós-venda da montadora no país. “Produzir e vender são etapas fundamentais, mas também é necessário fidelizar os clientes. Um pós-venda bem estruturado é praticamente a garantia de uma nova compra”, afirmou.

Para ele, a GM já tem “a melhor rede de concessionárias do país”, mas mesmo assim ainda há espaço para melhorias. “Não há previsão de expansão do número de lojas, mas vamos investir para modernizar as instalações e aprimorar os processos”, disse.

Depois de lançar dez modelos em menos de dois anos, a GM traz o executivo para dar continuidade ao projeto de reformulação do portfólio. “O ritmo de lançamentos não será o mesmo, mas as novidades não vão parar de aparecer”, disse o executivo. Entre suas tarefas no comando da empresa está a missão de fortalecer a presença industrial da GM no país. “Queremos aprofundar as conversas com o governo e participar mais das discussões do setor”, disse.

Dono de um português impecável, o colombiano já atuava no país como diretor geral de vendas, serviços e marketing da montadora desde maio de 2012 e chega para substituir Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul, que ocupava o cargo interinamente depois da saída de Grace Lieblein em dezembro de 2012. Em sua primeira conversa com a imprensa, o executivo mostrou-se a par de todos os números da montadora e disse que pela primeira vez a GM deve ultrapassar a marca de 700 mil carros vendidos esse ano, crescimento de 5% em relação a 2012. A operação brasileira responde por 60% das vendas da América do Sul. A região, por sua vez, detém 12% do faturamento global da montadora.

Exportações

Chamorro, de 43 anos, chega à presidência da montadora em um momento especial para as exportações. O dólar no patamar de R$ 2,30 deve fazer a remessa de veículos ao exterior crescer significativamente neste ano, sobretudo para o mercado Argentino. “Até julho já exportamos 56 mil unidades e devemos chegar a 100 mil até o fim do ano, um crescimento de 30% em relação ao ano passado.”


Enquanto se familiariza com o comando da montadora, Chomorro também se adapta às questões brasileiras. Apesar de já ter morado no país por cinco anos, as recentes manifestações sociais surpreenderam o colombiano – e a GM também. Cerca de 6 mil veículos deixaram de ser produzidos nos dias de protestos e 15 veículos modelo Camaro foram alvo de vandalismo em concessionárias da marca. “Os fornecedores tiveram dificuldade para entregar as peças e acabamos perdendo a produção, mas vamos conseguir recuperar grande parte disso”, disse Ardila.

Mesmo assim, o estoque da montadora acompanha a tendência do setor e é de 35 dias. “É um pouco acima do que consideramos ideal, cerca de 30 dias. Para equilibrar isso suspendamos a produção aos sábados, com exceção dos modelos Primas e Ônix, que tem até fila de espera”, afirmou Ardila.

Novos investimentos

Sobre a fábrica de São José dos Campos (SP), Ardila disse que os funcionários retomam o trabalho depois de férias coletivas e licença remunerada no dia 26 de agosto e darão continuidade à produção do modelo Classic. Entretanto, a previsão do fechamento da linha de veículos está mantida e acontece no fim de dezembro deste ano. Cerca de 750 trabalhadores atuam na linha e há um programa de demissão voluntária em andamento na montadora.

Mas nem todas as notícias são ruins para a fábrica do interior paulista. Apesar de não ter confirmado o investimento de R$ 2,5 bilhões na unidade – para a produção de um novo modelo de grande volume – Ardila disse que as conversas com o sindicato local fluíram bem e que o parecer final depende de análises técnicas. “Fábricas de três países da Ásia e América do sul competem pelo investimento. Até o fim do ano teremos um parecer”, disse o executivo.

Sem dar muitas pistas sobre o novo modelo, Ardila disse apenas que será um veículo de grande volume. “É um novo Celta, um novo Uno, mas ainda não posso dar detalhes”, disse. Se escolhida, a fábrica de São José dos Campos pode gerar 2,5 mil empregos na cidade em 2017 - data prevista para o início da produção do novo modelo.

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