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Novo laboratório do Boticário estuda como “cheirar com os ouvidos”

Recém-criado, Centro de Pesquisa tem estudos sobre a relação dos cheiros com os sons e com a pele

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Laboratório de pesquisa e desenvolvimento do Boticário: divisão terá centro de pesquisa do olfato (Boticário/Divulgação)

Laboratório de pesquisa e desenvolvimento do Boticário: divisão terá centro de pesquisa do olfato (Boticário/Divulgação)

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Mariana Desidério

Publicado em 26 de novembro de 2021 às, 19h26.

Última atualização em 3 de dezembro de 2021 às, 11h16.

O Grupo Boticário acaba de criar o Centro de Pesquisa do Olfato, um hub que tem como objetivo fomentar e difundir conhecimento sobre o tema e abrigar estudos que apoiem as áreas de saúde e comportamento humano.

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“O olfato é o mais complexo dos sentidos, tem conexão com a memória, com o bem-estar e com o comportamento. Nós do Boticário, como referência em perfumaria, entendemos que podemos nos aprofundar em estudos que vão além da busca por uma fragrância e contribuam com benefícios para a ciência”, afirma Gustavo Dieamant, diretor executivo de pesquia e desenvolvimento da companhia.

O Centro de Pesquisa do Olfato vai fazer parte da divisão de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, que já atua no desenvolvimento de produtos com cerca de 300 funcionários, dentre químicos, médicos, neurocientistas e especialistas em perfumaria. A área de pesquisa e desenvolvimento da companhia funciona em um pólo em São José dos Pinhais (PR).

Cheiro pelo som

O Centro de Pesquisa está sendo desenhado há cerca de um ano e meio. Inicialmente, o novo centro terá foco em quatro pilares principais de atuação: ciências das emoções,  diversidade sensorial, futuro do olfato e disseminação do conhecimento.

Na frente de ciência das emoções, um caminho é o estudo de fragrâncias que podem trazer bem-estar geral, por exemplo, com melhora de humor. Já na área de diversidade sensorial, o centro tem realizado um estudo batizado de Scent by Sound, que visa estimular o cérebro a entender o cheiro por outras vias, que não o olfato. Usando, por exemplo, os sons.

"Com a neurociência vemos que a percepção sobre uma fragrância é maior ou menor quando ouço uma música, por exemplo. Para as pessoas com deficiência visual pode ser uma forma de ativar mais a percepção do cheiro", afirma o executivo.

Nesta área, um dos projetos em andamento envolve o treinamento olfativo para pessoas com deficiência visual, com o intuito de inseri-las no mercado de trabalho por meio de uma habilitação para atuar na área de avaliação sensorial do Grupo Boticário.

Na frente de futuro do olfato, uma vertente que já tem sido estudada pelo Boticário se propõe a entender a relação entre olfato e a pele. “Sabemos que a pele tem receptores olfativos. Queremos entender se esses receptores podem melhorar a renovação celular e ter repercussões na área da beleza, como no tratamento de rugas, por exemplo”, diz Dieamant.

Algumas dessas pesquisas já estavam em andamento na área de pesquisa e desenvolvimento do Grupo. Agora elas ganham outro status, e partem de um pólo que não está somente focado no desenvolvimento de novos produtos para o Boticário, mas sim voltado a pesquisas que levam em consideração o impacto do cheiro na vida, na memória, nas emoções e o seu papel fisiológico.

“Temos uma responsabilidade enquanto empresa de devolver algo para a sociedade. Quando geramos conteúdo científico relevante, ele pode até não ser uma solução completa, mas pode servir de base para outras pesquisas voltadas para âmbitos que fogem à nossa alçada”, afirma Dieamant.

 

As pesquisas realizadas no novo centro também poderão usar ferramentas como inteligência artificial, análise de dados e neurociência, que já são utilizadas hoje na companhia. Em 2019, o Boticário lançou o Egeo On Me, a primeira fragrância do mundo desenvolvida totalmente via inteligência artificial.

“Somos uma empresa de 45 anos, temos aqui dados de pesquisa de produto, de comportamento do consumidor. No caso do Egeo On Me fomos indicando para o computador o que queríamos, a faixa etária que queríamos atingir, o tipo de fragrância, e ele foi dando um caminho para a criação do produto”, exemplifica o executivo.

O Centro de Pesquisa do Olfato tem atualmente 12 funcionários dedicados, fora os integrantes vindos de entidades parceiras. O objetivo é que o centro atue junto a universidades, médicos e outras instituições interessadas no tema.

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