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Novelis amplia fábrica em SP buscando exportações

Investimento de US$340 milhões já permitiu alta de 15% nas exportações do primeiro semestre no Brasil e início de vendas para o continente africano

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 14h33.

São Paulo - A multinacional de alumínio Novelis inaugurou nesta terça-feira a ampliação da capacidade de sua fábrica de laminados de alumínio no interior de São Paulo, que permitirá à empresa a olhar mais para o mercado externo, depois de ter se voltado para o mercado interno no período de 2008 a 2012.

O investimento de 340 milhões de dólares já permitiu alta de 15 por cento nas exportações do primeiro semestre da Novelis no Brasil e início de vendas para o continente africano, afirmou o presidente da Novelis na América do Sul, Antonio Tadeu Nardocci. A Novelis é unidade do conglomerado indiano HindalCo Industries.

Os recursos foram aplicados na fábrica de Pindamonhangaba, a maior instalação industrial da empresa na América do Sul, que ampliou sua capacidade de produção anual de laminados de alumínio de 400 mil para 600 mil toneladas, quase o mesmo que a demanda brasileira de 622 mil toneladas, em 2012.

As vendas da Novelis no ano fiscal passado, encerrado em março, somaram 395 mil toneladas.

Apesar da economia brasileira viver momento de fragilidade, Nardocci afirmou que a ampliação da capacidade foi baseada em um "potencial muito grande de crescimento do mercado de alumínio do Brasil" nos próximos anos, diante do aumento da renda da população e incentivo do governo à produção de veículos menos poluentes, o que exigirá carros mais leves.

"No principal mercado que atuamos, de laminados para latas de bebidas, estamos vendo taxas de crescimento acima de 5 por cento ao ano há vários anos", afirmou o executivo. "Esse mercado de bebidas é descolado da questão industrial", disse em referência ao baixo crescimento do setor industrial brasileiro. Por outro lado, ele citou que a inflação é um fator que preocupa a companhia pois pode prejudicar a expansão no consumo.

O uso total da capacidade ampliada da fábrica em Pindamonhangaba deve ocorrer em até três anos, com a empresa buscando, além das exportações, novos clientes no Brasil para o alumínio que produz. Entre os novos mercados está a indústria automotiva, hoje grande cliente dos produtores de aço como Usiminas, CSN, ArcelorMittal e Gerdau.

"O alumínio é pequeno, frente ao aço, nesse segmento hoje (de automóveis). Gostaríamos, sem dúvida, de tirar participação das siderúrgicas", disse Nardocci. "Depende da própria indústria desenvolver veículos que requeiram alumínio (...) Vamos começar a nos aproximar da indústria de veículos agora, com a expansão da fábrica", acrescentou.

Além do investimento em capacidade de laminação, a Novelis também injeta 35 milhões de dólares na área de reciclagem de alumínio em Pindamonhangaba, que iniciará operação em 2014 de um novo centro de reaproveitamento de material. O novo centro elevará a capacidade de reciclagem da Novelis na cidade de 200 mil para 390 mil toneladas anuais.

A expansão em reciclagem acontece em um momento em que a produção de alumínio primário do Brasil recuou 13,5 por cento em quatro anos, passado de 1,66 milhão de toneladas de 2008 para 1,436 milhão de toneladas em 2012. "O que queremos com isso é tornarmos mais independentes de alumínio primário no Brasil." (Por Alberto Alerigi Jr.)

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São Paulo - A multinacional de alumínio Novelis inaugurou nesta terça-feira a ampliação da capacidade de sua fábrica de laminados de alumínio no interior de São Paulo, que permitirá à empresa a olhar mais para o mercado externo, depois de ter se voltado para o mercado interno no período de 2008 a 2012.

O investimento de 340 milhões de dólares já permitiu alta de 15 por cento nas exportações do primeiro semestre da Novelis no Brasil e início de vendas para o continente africano, afirmou o presidente da Novelis na América do Sul, Antonio Tadeu Nardocci. A Novelis é unidade do conglomerado indiano HindalCo Industries.

Os recursos foram aplicados na fábrica de Pindamonhangaba, a maior instalação industrial da empresa na América do Sul, que ampliou sua capacidade de produção anual de laminados de alumínio de 400 mil para 600 mil toneladas, quase o mesmo que a demanda brasileira de 622 mil toneladas, em 2012.

As vendas da Novelis no ano fiscal passado, encerrado em março, somaram 395 mil toneladas.

Apesar da economia brasileira viver momento de fragilidade, Nardocci afirmou que a ampliação da capacidade foi baseada em um "potencial muito grande de crescimento do mercado de alumínio do Brasil" nos próximos anos, diante do aumento da renda da população e incentivo do governo à produção de veículos menos poluentes, o que exigirá carros mais leves.

"No principal mercado que atuamos, de laminados para latas de bebidas, estamos vendo taxas de crescimento acima de 5 por cento ao ano há vários anos", afirmou o executivo. "Esse mercado de bebidas é descolado da questão industrial", disse em referência ao baixo crescimento do setor industrial brasileiro. Por outro lado, ele citou que a inflação é um fator que preocupa a companhia pois pode prejudicar a expansão no consumo.

O uso total da capacidade ampliada da fábrica em Pindamonhangaba deve ocorrer em até três anos, com a empresa buscando, além das exportações, novos clientes no Brasil para o alumínio que produz. Entre os novos mercados está a indústria automotiva, hoje grande cliente dos produtores de aço como Usiminas, CSN, ArcelorMittal e Gerdau.

"O alumínio é pequeno, frente ao aço, nesse segmento hoje (de automóveis). Gostaríamos, sem dúvida, de tirar participação das siderúrgicas", disse Nardocci. "Depende da própria indústria desenvolver veículos que requeiram alumínio (...) Vamos começar a nos aproximar da indústria de veículos agora, com a expansão da fábrica", acrescentou.

Além do investimento em capacidade de laminação, a Novelis também injeta 35 milhões de dólares na área de reciclagem de alumínio em Pindamonhangaba, que iniciará operação em 2014 de um novo centro de reaproveitamento de material. O novo centro elevará a capacidade de reciclagem da Novelis na cidade de 200 mil para 390 mil toneladas anuais.

A expansão em reciclagem acontece em um momento em que a produção de alumínio primário do Brasil recuou 13,5 por cento em quatro anos, passado de 1,66 milhão de toneladas de 2008 para 1,436 milhão de toneladas em 2012. "O que queremos com isso é tornarmos mais independentes de alumínio primário no Brasil." (Por Alberto Alerigi Jr.)

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