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Nova Caledônia autoriza retomada de operação em mina da Vale

Atividades foram suspensas mais de três semanas atrás, depois de um vazamento de efluentes em um rio


	Usina de Nova Caledônia: vazamento provocou protestos violentos por jovens que causaram mais de 20 milhões de dólares em danos
 (Marc Le Chelard/AFP)

Usina de Nova Caledônia: vazamento provocou protestos violentos por jovens que causaram mais de 20 milhões de dólares em danos (Marc Le Chelard/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 09h36.

Sydney - Autoridades do arquipélago de Nova Caledônia, na Oceania, disseram nesta segunda-feira que autorizaram a retomada condicional de operações de níquel da Vale, que foram suspensas mais de três semanas atrás, depois de um vazamento de efluentes em um rio.

O vazamento provocou protestos violentos por jovens que causaram mais de 20 milhões de dólares em danos às instalações, equipamentos e veículos, e deixou três policiais feridos.

A polícia ficou em estado de alerta uma vez que os manifestantes permaneceram perto da mina.

"A situação é calma e alguns (manifestantes) ainda estão acampados perto da usina", disse um porta-voz do governo local.

Alguns manifestantes, que ficaram frustrados com a falta de resposta de chefes indígenas Kanak em relação ao vazamento de produtos químicos, querem o fechamento definitivo da mina --algo que a Vale afirmou na semana passada que não estava sobre a mesa.

A Vale não pôde ser imediatamente contatada para comentar o assunto.

O governo da ilha administrada pela França ressaltou que este é o sexto grande incidente na unidade de 6 bilhões de dólares Goro, da Vale, e definiu normas mais rígidas de segurança como condição para retomar as operações da mina.

As condições também incluem uma auditoria completa de gestão da segurança e da criação de um comitê de vigilância multipartidário.

A Vale, segunda maior mineradora de níquel do mundo, emprega tecnologia de alta pressão e ácidos para recuperar o níquel a partir dos abundantes minérios de laterita da ilha.

"Toda vez (que há um problema com a Vale), é a mesma resposta pela província... No entanto, isso acontece de novo", disse Louis Kotra Uregei, presidente do Partido Trabalhista de Nova Caledônia.

Uregei está pedindo a suspensão do processamento do níquel com ácido.

"Precisamos nos concentrar em exploração de minério e deixar o processamento ser feito em outro lugar", disse ele.

A mineração de níquel é uma indústria-chave na Nova Caledônia, que detém cerca de um quarto das reservas conhecidas do mundo. A mina da Vale é a segunda maior empregadora na região, com cerca de 3.500 empregados e contratados.

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