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Vivendi não ficará contra conversão de ações da Telecom

A maior acionista da Telecom Italia não vai se opor à conversão de ações sem direito a voto em papéis ordinários


	Vivendi: Conselho da Telecom Italia aprovou a proposta para conversão de 6,03 bilhões de ações sem direito a voto na quinta
 (Patrick Hertzog/AFP)

Vivendi: Conselho da Telecom Italia aprovou a proposta para conversão de 6,03 bilhões de ações sem direito a voto na quinta (Patrick Hertzog/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2015 às 19h23.

Milão/Paris - A Vivendi, maior acionista da Telecom Italia, não vai se opor à conversão de ações sem direito a voto em papéis ordinários, apesar da operação resultar em diluição da fatia de 20 por cento do grupo de mídia francês na companhia italiana, disse uma pessoa com conhecimento do assunto.

O Conselho da Telecom Italia aprovou a proposta para conversão de 6,03 bilhões de ações sem direito a voto na quinta-feira, em um movimento para ajudar a levantar caixa, mas que também dilui as participações de dois bilionários franceses que recentemente tiveram interesse na empresa. Sob os termos da proposta de conversão, Vincent Bollore, da Vivendi, poderia ver sua fatia de ações ordinárias diluída para até 13,9 por cento.

Já o empresário de telecomunicações Xavier Niel, que surgiu na semana passada como potencial segundo maior investidor da Telecom Italia, com opções de compra referentes a 15,1 por cento, poderia ver sua participação potencial ser reduzida para cerca de 10 por cento.

O momento da conversão também sugeriu que a direção da Telecom Italia poderia tentar cortar a potencial influência dos dois investidores franceses, disseram analistas.

Enfrentando peso de uma dívida líquida de 26,8 bilhões de euros, a conversão poderia levantar até 573 milhões de euros em dinheiro se todas as ações sem direito a voto forem incluídas na operação, e a companhia também evitaria pagar 166 milhões de euros em dividendos anuais.

Entretanto, outros desafios da Telecom Italia permanecem não solucionados, incluindo um mercado em deterioração no Brasil, que contribuiu para uma queda de 15 por cento no lucro da empresa.

Em teleconferência com analistas, o presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, afirmou que as perspectivas sobre o Brasil seguem difíceis e que o conselho de administração do grupo controlador da TIM vai considerar qualquer "oferta apropriada" pela operadora brasileira.

Entretanto, Patuano afirmou que nenhuma oferta formal foi recebida até agora pela Telecom Italia.

No mês passado, a altamente endividada Oi afirmou que estava em negociações com a empresa de investimento LetterOne, do bilionário russo Mikhail Fridman, para aporte de 4 bilhões de dólares na Oi se a empresa se fundir com a TIM.

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