P-63, da Petrobras: nova data foi publicada no site de relações com investidores. Publicação do resultado trimestral estava marcada para 14 de fevereiro (Petrobras/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 18h57.
A Petrobras adiou a divulgação do resultado financeiro do quarto trimestre para 25 de fevereiro, e a expectativa de analistas é que o plano estratégico da estatal seja divulgado na mesma data.
A nova data foi publicada no site de relações com investidores. A publicação do resultado trimestral estava marcada para 14 de fevereiro.
Procurada, a assessoria de imprensa da Petrobras não comentou o motivo do adiamento.
O Itaú BBA disse, em nota a clientes nesta quarta-feira, que a razão oficial para a mudança é uma restrição de agenda, especialmente para a reunião de Conselho de Administração da Petrobras que precede a divulgação de resultados.
"Conversando com a empresa, no entanto, temos a impressão de que o Plano Estratégico poderá ser liberado juntamente com os resultados", disse o banco em nota a clientes.
Se for aprovado pelo Conselho de Administração, o plano de investimentos da companhia para os próximos cinco anos poderá sair junto com os resultados trimestrais, acrescentou.
"O planejamento deste ano vai exigir um maior grau de criatividade para acomodar o investimento adicional de Libra; o real mais depreciado; o aumento dos níveis de dívida; a paridade internacional --ou a falta dela, e as refinarias premium", avaliou o banco.
Com o maior plano de investimentos do mundo, a Petrobras poderá reavaliar o prazo de alguns projetos e a maneira de divulgar este planejamento, segundo o banco, baseado em conversa com a presidente Graça Foster, segundo o relato.
"Em nossa última reunião do ano, a Sra. Foster mencionou a possibilidade de adicionar uma terceira faixa de Capex para o plano existente." Nos dois últimos planos, lembraram os analistas, a empresa já havia feito estimativas para o orçamento já aprovado e para projetos ainda não aprovados, em uma faixa que variou de 208 bilhões a 236 bilhões de dólares, respectivamente.
Desta vez, segundo o banco, haverá uma terceira referência, provavelmente, um nível mínimo excluindo os projetos com flexibilidade para adiamento.
A execução do plano deverá levar em conta a evolução da relação entre a dívida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Petrobras, o aumento da produção e a paridade de preços.
"Esta poderia ser uma solução adequada do ponto de vista das agências de classificação de crédito", avaliou o banco, acrescentando que desta forma a empresa poderia estabelecer patamares em relação aos níveis de dívida e aos gastos futuros.