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HRT garante que transição não afeta planos de expansão

Empresa ficou de fora da 11ª Rodada de licitações da ANP


	O vínculo de Márcio Mello (foto) com a petroleira não foi totalmente cortado, ele permanecerá como membro do conselho de administração
 (Edu Monteiro/EXAME.com)

O vínculo de Márcio Mello (foto) com a petroleira não foi totalmente cortado, ele permanecerá como membro do conselho de administração (Edu Monteiro/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 18h09.

Rio de Janeiro - Fora da 11ª Rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), a HRT veio a mercado nesta quarta-feira, 15, garantir que a transição no comando da petroleira não afeta seus planos de expansão.

Em teleconferência com analistas, o novo comando da petroleira traçou como meta perfurar mais dois poços na Namíbia, um poço na Bacia de Solimões e outro no campo de Polvo, na Bacia de Campos.

"Não haverá nenhuma modificação nos planos de perfuração na Namíbia. Vamos perfurar, pelo menos, mais dois poços de exploração e continuaremos a buscar novas oportunidades de perfuração e "farm out", revelou o presidente do conselho de administração da HRT, John Willott.

O executivo aproveitou para informar que a vaga de presidente da HRT America será ocupada por Joseph Paulo, atual vice-presidente de exploração e produção da HRT. A subsidiária é a responsável pelas atividades na Namíbia, na África principal aposta de crescimento da petroleira.

Durante toda a Teleconferência, Willott ressaltou o trabalho conduzido pelo fundador, Marcio Rocha Mello, que deixou a presidência da companhia na segunda-feira, 13. O vínculo de Mello com a petroleira não foi totalmente cortado, ele permanecerá como membro do conselho de administração. Mesmo assim, não participou do evento.

O campo de Polvo, na Bacia de Campos, também concentrou a atenção dos analistas presentes à Teleconferência. A ideia da petroleira é fazer uma "re-exploração" do campo de Polvo, no qual a companhia adquiriu recentemente uma fatia de 60% da britânica BP.

A direção da HRT disse ter ficado impressionada com o trabalho desenvolvido pela petroleira britânica no campo, mas, admitiu estudar a necessidade de contratar novos dados sísmicos, inclusive sísmicas 3D para compreender melhor a região.

"Em algum momento em 2014 devemos fazer nova perfuração na área (Polvo)", disse Wagner Peres, membro do conselho de administração da HRT. O acordo com a BP prevê que a HRT será operadora do campo, quando a ANP aprovar a transação.

Sobre a Bacia de Solimões, o diretor de exploração da petroleira, Nilo Azambuja, afirmou que a meta é também o poço HRT-12 ainda este ano.

"Com relação ao plano do HRT-12, finalizamos a aquisição dos dados sísmicos nos blocos SOL-T-194 e SOL-T-195. Os resultados da aquisição sísmica estão sendo interpretados e isso vai nos ajudar a determinar em que localização vamos tomar o risco", afirmou Azambuja.

O presidente da HRT, Milton Franke, destacou ainda que já foram concluídos aproximadamente 450 quilômetros de dados sísmicos na Bacia do Solimões, que confirmam melhoria na qualidade do mapeamento em vários prospectos.

Segundo o executivo, o próximo passo é concluir estudos de dados sísmicos na parte oeste e sul da bacia, estendendo a fronteira exploratória em direção à porção sul da bacia. Ele informou que foi encontrado gás no bloco 192, em 12 intervalos diferentes. Disse, também, que estudos para a monetização desse gás serão divulgados em breve.

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