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CVC lança seguro que protege viajante em caso de desemprego

Produto é alternativa da empresa para convencer clientes a comprarem pacotes mesmo diante do cenário incerto. Parcelamos e promoções também continuam


	CVC: entre julho e setembro, o lucro líquido da agência foi de 44,8 milhões de reais
 (Divulgação)

CVC: entre julho e setembro, o lucro líquido da agência foi de 44,8 milhões de reais (Divulgação)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 12 de novembro de 2015 às 11h13.

São Paulo - Para convencer os consumidores a viajar em meio ao cenário econômico incerto, a CVC lançou, em parceria com o Bradesco, um seguro a prova de desemprego.

Funciona assim: se o passageiro for demitido ou tiver alguma incapacidade física, recebe um bônus equivalente a 20% do valor do pacote fechado para gastar durante o passeio.

A modalidade é inédita e começou a ser oferecida no quatro trimestre.

"É um seguro opcional. Se for contratado, a passagem aumenta em cerca de 2%. Em muitos casos, ele é um fator de decisão para que o cliente viaje. Nós queremos é que as pessoas tirem férias, não queremos vender seguro", disse Luiz Falco, presidente da empresa, em entrevista a EXAME.com.

A agência também continua apostando nos parcelamentos, em ofertas de pacotes de curta duração e na venda cruzada de produtos complementares como aluguéis de carro, refeições e excursões.

"A gente tem conseguido empacotar o máximo de gastos possíveis dentro do mesmo financiamento. Convencemos o consumidor a comprar serviços antecipadamente para não ter surpresa na volta", contou o executivo.

Balanço

Entre julho e setembro, o lucro líquido da CVC foi de 44,8 milhões de reais, um avanço de 15,8% frente aos mesmos meses do ano passado.

As vendas companhia (ou reservas confirmadas) ficaram praticamente estáveis no terceiro trimestre, com uma queda de 0,3% ante os mesmos meses de 2014, e somaram 1,3 bilhão de reais.

Para a operadora, porém, esse é um número a ser comemorado.

"A valorização do dólar fez cair a procura por pacotes internacionais, que têm um tíquete médio bem maior que o dos nacionais. Mas conseguimos vender muito mais viagens para dentro do país e acertamos a queda final próxima de zero. Isso mostra resiliência", apontou Falco.

De acordo com ele, os roteiros para destinos brasileiros corresponderam a cerca de 75% dos comercializados no trimestre. Normalmente, essa fatia fica em torno de 60%.

No acumulado do ano, porém, as vendas da CVC cresceram 7,4% em comparação com os nove primeiros meses do ano passado e atingiram um total de 3,8 bilhões de reais.

Rextur e Submarino Viagens

Considerando os resultados da Submarino Viagens e da RexturAdvance, que tiveram o processo de compra pela CVC concluído em 31 de agosto, as reservas confirmadas atingiram 1,6 bilhão de reais no trimestre  um acréscimo de quase 300 milhões de reais no faturamento.

Segundo Falco, algumas sinergias já foram obtidas nesse primeiro mês de consolidação dos negócios.

"Fizemos cortes mais ou menos equivalentes nas três companhias. Eliminamos posições sobrepostas, reduzimos aluguéis e unificamos as operações de venda de bilhetes e controle", disse.

O executivo evitou comentar quantos postos de trabalho foram cortados no processo.

Lojas

A CVC inaugurou 20 lojas no terceiro trimestre. Hoje, a empresa tem 954 pontos de venda  até o fim de 2015, serão 1.000.

A meta de abertura de 100 unidades por ano será mantida até 2018, segundo plano de expansão divulgado na quarta-feira.

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