Junto com o ex-diretor da área internacional da
Petrobras, Nestor Cerveró, Eduardo Cunha teria recebido 40 milhões de dólares em propina pelo contrato de aquisição de navios-sonda da estatal. Ele ainda teria recebido ao menos 5 milhões de dólares em propinas do estaleiro coreano
Samsung e do grupo japonês
Mitsui. No entanto, por atraso no pagamento das parcelas, Cunha pressionou as companhias. “Já demonstrando que não tem limites para garantir o sucesso de suas ações criminosas, como forma de pressionar o retorno do pagamento das propinas, Eduardo Cunha valeu-se, inicialmente, de dois requerimentos perante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados (CFFC), solicitando informações sobre Júlio Camargo e o grupo Mitsui”, afirma o processo contra o político. As sondas estavam sendo construídas no Estaleiro Atlântico Sul, que pertence às empreiteiras Queiroz Galvão e da Camargo Corrêa– o estaleiro
Samsung vendeu sua participação de 6% no negócio em 2012. A Mitsui é parceira do empreendimento e prestava serviços de consultoria. A construção era feita pela
Sete Brasil, empresa criada para fornecer sondas para perfuração do pré-sal por pedido da Petrobras.