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Nextel Brasil não esta à venda no curto prazo, diz Valim

A Nextel está constantemente na busca de estratégias que permitam à empresa ganhar mais clientes nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo


	Recepção do escritório da Nextel: a norte-americana NII Holdings, controladora da Nextel Brasil, está explorando alternativas estratégicas para seus negócios no país
 (Luísa Melo/Exame.com)

Recepção do escritório da Nextel: a norte-americana NII Holdings, controladora da Nextel Brasil, está explorando alternativas estratégicas para seus negócios no país (Luísa Melo/Exame.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2015 às 12h11.

São Paulo - A Nextel Brasil não esta à venda no curto prazo, mas está sempre buscando alternativas para melhorar sua posição de caixa, capacidade competitiva e continuar crescendo no segmento pós-pago nos grandes centros urbanos, afirmou o presidente da operadora, Francisco Valim, em entrevista à Reuters.

Como operadora de nicho, a Nextel está constantemente na busca de estratégias que permitam à empresa ganhar mais clientes nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, onde o crescimento dos usuários de planos pós-pago continua exibindo taxas elevadas, disse Valim.

Ele afirmou que entre as alternativas que permitiriam capitalizar a Nextel Brasil estão sobre a mesa a potencial venda de torres de telefonia celular, para a qual a companhia está procurando um potencial comprador.

Na quinta-feira, a Reuters apurou que a norte-americana NII Holdings, controladora da Nextel Brasil, está explorando alternativas estratégicas para seus negócios no país.

De acordo com fontes com conhecimento do assunto, a Nextel teria conversado nas últimas semanas com bancos de investimento para a contratação de um assessor financeiro para procurar a melhor dessas opções, incluindo uma potencial venda.

"Sempre falamos com bancos, com um, com outro. Mas nesse momento não estamos fazendo um processo de venda no curto prazo", disse Valim. Em relação à venda das torres, o executivo comentou que "seria benéfico para nós por conta de menores custos de operação e da maior liquidez que uma venda nos proporcionaria".

Valim, que assumiu a Nextel Brasil em agosto, disse que nesse momento seu plano para a companhia é de “ganhar liquidez, fatia de mercado” e de consolidar a companhia como uma operadora de nicho no mercado de telecomunicações do país.

Ao longo do ano passado, especulação sobre uma potencial onda de consolidação no setor cresceu, alimentada por declarações de executivos da Oi de que a companhia queria ser protagonista de potenciais fusões na indústria.

Valim foi presidente-executivo da Oi por 18 meses, deixando a companhia em janeiro de 2013.

A Nextel Brasil é a maior parte dos negócios da NII, que pediu proteção judicial contra credores nos Estados Unidos em setembro de 2014 diante do peso de 5,8 bilhões de dólares em dívidas e ferrenha competição no Brasil e no México.

A NII deixou o processo de recuperação em junho sob controle de credores que incluem a Aurelius Capital Management.

A NII vendeu as operações sem fio no México em janeiro, por 1,875 bilhão de dólares para a norte-americana AT&T e desde então vendeu outras unidades no Chile e Peru.

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