Nem TV, nem celular: produto mais vendido pelo Magalu foi papel higiênico
Na Black Friday desta sexta, empresa vendeu quase 1 milhão de rolos de papel higiênico, além de 400 mil pilhas e 50 mil kits de cerveja
Beatriz Correia
Publicado em 29 de novembro de 2019 às 21h13.
Última atualização em 29 de novembro de 2019 às 21h52.
São Paulo — A sexta-feira (29) de Black Friday já está quase no fim e os brasileiros aproveitaram a data para encher os carrinhos. A alta nas vendas já era esperada, mas os produtos mais vendidos surpreenderam. Nem televisores, nem celulares, o item com o maior número de vendas no Magazine Luiza foi o papel higiênico. A empresa vendeu 960 mil unidades do produto, nas lojas físicas e online, além de 400 mil pilhas e 50 mil kits de cerveja.
A Black Friday é marcada por descontos nos mais diversos setores, mas, no geral, a data é vista como uma excelente oportunidade para comprar principalmente eletroeletrônicos - uma tendência. Porém, produtos inusitados como a venda de quase 1 milhão de rolos de papel higiênico pelo Magalu não é algo tão inédito assim.
De acordo com um levantamento feito pelo Promobit, social commerce que compara as principais ofertas da internet, nas últimas edições da Black Friday novamente reinou o papel higiênico, dessa vez um folha tripla com 24 Rolos vendidos a R$ 10,90. Na lista também aparecem promoções em fast-foods e cervejas.
"É difícil imaginar que alguém espere a Black Friday para comprar papel higiênico, mas muitos consumidores são levados a fazer a compra quando encontram uma oferta muito boa: são as conhecidas compras por oportunidade. Esse fenômeno também acontece com produtos mais caros, como celulares e TVs, mas quando é um produto que a pessoa necessita e um preço que considera interessante, as chances da compra acontecer são maiores", explica Fabio Carneiro, head de comercial do Promobit.
A mudança no comportamento do consumidor é um dos principais fatores para o aumento de vendas de produtos inusitados na Black Friday. “Percebemos uma mudança de hábito do brasileiro. Além de aproveitar para comprar eletroeletrônicos, as pessoas têm enxergado na data uma oportunidade para comprar e estocar produtos de uso da casa, como higiene, limpeza e até mesmo alimentos", explica Israel Nacaxe, CEO e co-fundador da Propz, startup que analisa o comportamento do consumidor.