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Nem o US$ 1 bi de Eike para a OGX anima analistas

Especialistas do mercado financeiro estão céticos em relação a uma possível recuperação da OGX, companhia de petróleo e gás do ex-bilionário

Eike Batista: mercado teme que empresário não exerça o "put" na OGX (Douglas Engle/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 16h12.

São Paulo - "O sonho acabou": A frase de John Lennon já vem sendo usada por analistas para definir a situação de Eike Batista . Após a diretoria da companhia de petróleo e gás OGX exigir do empresário uma injeção de 1 bilhão de dólares prevista por contrato, os especialistas se mostram céticos quanto a uma recuperação das empresas de Eike.

"Caso esse valor seja investido agora, ele vai representar um alívio temporário até que a OGX encontre novos parceiros", afirma Luís Gustavo, estrategista da Futura Corretora. Para ele, a quantia resolveria o problema até 2015 – quando seria necessário reavaliar a situação da empresa

Além disso, Luís considera o aumento da produção outro fator importante para uma possível recuperação da firma – em função da entrada de dinheiro no caixa da OGX que isso representaria.

Calote

Luís não descarta um possível calote de Eike à OGX. "O valor de mercado das ações da empresa já considera isso", afirma o estrategista. Para Leila Almeida, da consultoria Lopes Filho e Associados, outra solução seria a venda da empresa. "É um caminho difícil, mas natural", afirma a consultora.

"O projeto maior do Eike de construir um conjunto de empresas integradas e dependentes entre si não deu certo", acredita Leila. "O sonho acabou", resume ela.

Hoje pela manhã, o Valor Econômico chegou a noticiar que Eike não honraria o trato assinado em março de 2012. Chamado de "put", o acordo prevê que Eike invista 100 milhões de dólares de imediato e disponibilize outros 900 milhões para uso "de forma modulada".

Duas questões preocupam o mercado. A primeira é se Eike tem o dinheiro. A segunda é se o dinheiro basta. Com dívidas, custos operacionais e cronograma de investimentos, a OGX é alvo de investigação por parte da CVM.

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"Caso esse valor seja investido agora, ele vai representar um alívio temporário até que a OGX encontre novos parceiros", afirma Luís Gustavo, estrategista da Futura Corretora. Para ele, a quantia resolveria o problema até 2015 – quando seria necessário reavaliar a situação da empresa

Além disso, Luís considera o aumento da produção outro fator importante para uma possível recuperação da firma – em função da entrada de dinheiro no caixa da OGX que isso representaria.

Calote

Luís não descarta um possível calote de Eike à OGX. "O valor de mercado das ações da empresa já considera isso", afirma o estrategista. Para Leila Almeida, da consultoria Lopes Filho e Associados, outra solução seria a venda da empresa. "É um caminho difícil, mas natural", afirma a consultora.

"O projeto maior do Eike de construir um conjunto de empresas integradas e dependentes entre si não deu certo", acredita Leila. "O sonho acabou", resume ela.

Hoje pela manhã, o Valor Econômico chegou a noticiar que Eike não honraria o trato assinado em março de 2012. Chamado de "put", o acordo prevê que Eike invista 100 milhões de dólares de imediato e disponibilize outros 900 milhões para uso "de forma modulada".

Duas questões preocupam o mercado. A primeira é se Eike tem o dinheiro. A segunda é se o dinheiro basta. Com dívidas, custos operacionais e cronograma de investimentos, a OGX é alvo de investigação por parte da CVM.
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