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Natura tem produtos barrados na alfândega da Argentina

Empresa afirmou estar enfrentando sérias dificuldades para liberar a entrada de seus produtos na Argentina

De acordo com Guttilla, a Natura é a terceira marca de cosmético mais lembrada pelo consumidor argentino (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2012 às 19h58.

São Paulo - Na semana em que o secretário de Comércio Interior da Argentina liderou uma missão com 580 empresários ao Brasil, com o intuito de exportar mais ao País, a Natura, indústria brasileira líder de mercado no segmento de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal, afirmou estar enfrentando sérias dificuldades para liberar a entrada de seus produtos na Argentina.

Segundo o diretor de assuntos corporativos e relações governamentais da empresa, Rodolfo Guttilla, desde que o secretário de Comércio Interior do país vizinho, Guillermo Moreno, editou Declaração Juramentada Antecipada de Importação (DJAI), em fevereiro, 60% de tudo o que a Natura exporta para a Argentina está parado na alfândega. "É o próprio pessoal do senhor Moreno que está fazendo as liberações. E às vezes dá impressão que a coisa é pessoal, porque eles estão permitindo apenas a entrada das nossas matérias-primas, que vão para a nossa terceirizada no país", disse, indignado, o diretor da Natura.

De acordo com Guttilla, a Natura é a terceira marca de cosmético mais lembrada pelo consumidor argentino, onde a empresa atua no mercado portenho desde 1994. "Se a situação continuar nessa instabilidade a Natura não vai ter como manter seus investimentos na Argentina", prevê o executivo, para quem cerca de 60 mil revendedoras no país vizinho, que têm na Natura sua fonte renda, deixarão de contribuir para a microeconomia local.


A Natura tem uma indústria terceirizada que produz cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal na Argentina, mas os produtos acabados produzidos no Brasil, que respondem pela maioria dos embarques para o país vizinho, estão sendo retidos na alfândega de lá. "Confesso que já não sabemos mais o que fazer", diz o executivo. Para ele, a Natura já perdeu a estratégia do Dia das Mães, a segunda melhor data para as vendas. "Estamos a ponto de perder também o resultado do ano. Respeitamos a soberania nacional argentina, mas a medida é desleal porque estamos perdendo mercado para empresas locais", lamentou o diretor da Natura.

Guttilla elogiou a iniciativa do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que esteve na Argentina há 60 dias conversando com o secretário Moreno e com empresários. Na terça-feira (8), Skaf reuniu na sede da entidade, durante todo o dia, os 580 empresários argentinos, 400 brasileiros além do próprio Moreno. Durante o encontro, denominado Rodada de Negócios Argentina-Brasil, brasileiros e argentinos discutiram formas de derrubar as barreiras comerciais erguidas dos dois lados.

O diretor da Natura reclama ainda da falta de empenho do governo brasileiro para solucionar o impasse comercial. "Levamos a nossa situação constrangedora ao conhecimento da Secretaria Executiva do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) há um mês e até agora não tivemos nenhuma resposta", queixou-se.

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São Paulo - Na semana em que o secretário de Comércio Interior da Argentina liderou uma missão com 580 empresários ao Brasil, com o intuito de exportar mais ao País, a Natura, indústria brasileira líder de mercado no segmento de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal, afirmou estar enfrentando sérias dificuldades para liberar a entrada de seus produtos na Argentina.

Segundo o diretor de assuntos corporativos e relações governamentais da empresa, Rodolfo Guttilla, desde que o secretário de Comércio Interior do país vizinho, Guillermo Moreno, editou Declaração Juramentada Antecipada de Importação (DJAI), em fevereiro, 60% de tudo o que a Natura exporta para a Argentina está parado na alfândega. "É o próprio pessoal do senhor Moreno que está fazendo as liberações. E às vezes dá impressão que a coisa é pessoal, porque eles estão permitindo apenas a entrada das nossas matérias-primas, que vão para a nossa terceirizada no país", disse, indignado, o diretor da Natura.

De acordo com Guttilla, a Natura é a terceira marca de cosmético mais lembrada pelo consumidor argentino, onde a empresa atua no mercado portenho desde 1994. "Se a situação continuar nessa instabilidade a Natura não vai ter como manter seus investimentos na Argentina", prevê o executivo, para quem cerca de 60 mil revendedoras no país vizinho, que têm na Natura sua fonte renda, deixarão de contribuir para a microeconomia local.


A Natura tem uma indústria terceirizada que produz cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene pessoal na Argentina, mas os produtos acabados produzidos no Brasil, que respondem pela maioria dos embarques para o país vizinho, estão sendo retidos na alfândega de lá. "Confesso que já não sabemos mais o que fazer", diz o executivo. Para ele, a Natura já perdeu a estratégia do Dia das Mães, a segunda melhor data para as vendas. "Estamos a ponto de perder também o resultado do ano. Respeitamos a soberania nacional argentina, mas a medida é desleal porque estamos perdendo mercado para empresas locais", lamentou o diretor da Natura.

Guttilla elogiou a iniciativa do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que esteve na Argentina há 60 dias conversando com o secretário Moreno e com empresários. Na terça-feira (8), Skaf reuniu na sede da entidade, durante todo o dia, os 580 empresários argentinos, 400 brasileiros além do próprio Moreno. Durante o encontro, denominado Rodada de Negócios Argentina-Brasil, brasileiros e argentinos discutiram formas de derrubar as barreiras comerciais erguidas dos dois lados.

O diretor da Natura reclama ainda da falta de empenho do governo brasileiro para solucionar o impasse comercial. "Levamos a nossa situação constrangedora ao conhecimento da Secretaria Executiva do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) há um mês e até agora não tivemos nenhuma resposta", queixou-se.

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