Na Suzano, expectativa positiva do mercado sobre balanço facilita fusão
ÀS SETE - A fabricante de papel e celulose divulga nesta quinta-feira seus números, e a expectativa é que eles tenham crescido quase 50%
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2018 às 06h16.
Última atualização em 26 de abril de 2018 às 07h25.
A fabricante de papel e celulose Suzano divulga após o fechamento do mercado hoje o seu balanço do primeiro trimestre de 2018.
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A projeção média do mercado é de que o lucro líquido da companhia tenha aumentado 47% no período, comparando com igual intervalo de 2016, para 660 milhões de reais, segundo Luis Gustavo Pereira, analista da corretora Guide Investimentos em São Paulo.
“Os preços do papel e da celulose no mercado internacional continuam muito fortes devido ao aumento da demanda, que não tem sido acompanhado por um crescimento da oferta no mesmo ritmo”, diz Pereira. “Essa tendência vem se mantendo no segundo trimestre.”
O avanço nas cotações dos produtos é uma boa notícia para os investidores da Suzano não apenas no curto prazo, porém. A elevação dos preços, combinada com a alta do dólar, significa também que vai ficar mais fácil e rápido para a empresa pagar pela compra da sua concorrente Fibria, divulgada em 16 de março.
O valor total do negócio é de cerca de 35 bilhões de reais, sendo que 31 bilhões de reais virão de um financiamento atrelado à moeda americana. Desde o anúncio, o valor de mercado da Suzano já subiu 70%, para 42,5 bilhões de reais, segundo dados da B3, a bolsa brasileira.
“O evento da fusão tem influenciado muito mais a ação da Suzano do que os resultados de apenas um trimestre”, afirma Hersz Ferman, analista da Elite Corretora no Rio de Janeiro. “No conference call [dos executivos da Suzano com analistas e jornalistas] sobre o balanço, esse será o principal assunto.”
O cronograma do processo de conclusão do negócio deve estar entre as principais questões a serem abordadas. Quando do anúncio do acordo, em março, a Suzano estimou em quatro meses o prazo para os trâmites, incluindo a realização das assembleias de acionistas em que a operação será votada, mas sem considerar a análise do caso pelos órgãos reguladores.