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Na crise, Riachuelo decide abrir menos lojas por ano

Por conta do cenário econômico turbulento e dos resultados não muito animadores, objetivo da varejista será abrir 30 (e não mais 40) lojas por ano

Riachuelo: lucro líquido consolidado da Guararapes, dona da varejista, caiu 40% no segundo trimestre (Luísa Melo/EXAME.com)

Luísa Melo

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 09h59.

São Paulo - Por conta do cenário econômico turbulento e dos resultados não animadores, a Riachuelo reduziu sua meta de abertura de 40 para 30 lojas ao ano.

A empresa também pretende baixar os estoques e diminuir o número de funcionários por ponto de venda.

No segundo trimestre, o lucro líquido consolidado da Guararapes, controladora da varejista , foi de 74,6 milhões de reais–uma queda de 40% na comparação anual.

De abril a junho, a margem líquida sobre a receita de mercadorias da companhia, índice que mede o quanto ela de fato ganhou com a venda dos produtos, ficou em 7,7%. Entre os mesmos meses de 2014, ela era de 14%.

Segundo Tulio Queiroz, diretor financeiro da Guararapes, as perdas ocorreram por uma combinação de fatores.

Entre eles estão preços mais agressivos (pressionados pela concorrência e pela diminuição do poder de compra do consumidor), um nível de estoque bastante elevado e o aumento de despesas (os custos com energia elétrica, por exemplo, cresceram cerca de 40% no segundo trimestre).

"Em relação aos estoques, tivemos um problema na coleção, com um desarranjo na estratégia de importar mais produtos da linha básicos da China e uma aposta de vendas acima do que se concretizou", afirmou o executivo em conferência para divulgação dos resultados na manhã desta quarta-feira (5).

Para contornar esses problemas, a empresa tem aumentado a produtividade das lojas. O índice cresceu 21% no semestre e ainda deve aumentar mais 9% até o fim do ano.

O indicador é calculado pela divisão de metros quadrados das unidades pelo número de funcionários, o que significa que a Riachuelo está diminuindo a quantidade de trabalhadores em cada ponto de venda.

Até o final de junho, a varejista tinha 270 lojas, 54% delas com menos de cinco anos, tempo que a operação leva para ser considerada madura.

"A quantidade de áreas em período de maturação pressiona nossa margem de curto prazo, mas vai gerar crescimento adicional daqui para frente", afirmou Queiroz.

Apesar das adequações, a previsão de investir de 450 a 500 milhões de reais durante o ano será mantida, segundo o diretor.

A Guararapes já investiu 249 milhões de reais neste ano, 237 milhões de reais (95%) só na Riachuelo. Desta última quantia, 41% foram destinados à construção de um novo centro de distribuição e 40% à abertura de novas lojas.

Cartões

No segmento financeiro, a Riachuelo teve perdas de 11,7% com inadimplência nos empréstimos pessoais e de 6,2% no cartão Riachuelo no segundo trimestre. Neste último produto, o índice deve subir para 8% até o fim do ano, conforme previsão da varejista.

Para minimizar os impactos, a empresa está reduzindo os volumes de crédito consignado, limitando os empréstimos oferecidos aos clientes e aumentando as taxas de juros, segundo Queiroz.

O índice de cobertura para dívidas vencidas há mais de 90 dias ficou em 88,1% no período.

Outros números

De abril a junho, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Guararapes foi de 170,593 de reais, uma diminuição de 22,9% ante igual período de 2014.

Já o Ebitda ajustado pelo incentivo fiscal de Imposto de Renda caiu 22,4% no período, para R$ 177,9 milhões.

A receita líquida do grupo cresceu 17,9% na relação anual, para R$ 1,325 bilhão.

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No segundo trimestre, o lucro líquido consolidado da Guararapes, controladora da varejista , foi de 74,6 milhões de reais–uma queda de 40% na comparação anual.

De abril a junho, a margem líquida sobre a receita de mercadorias da companhia, índice que mede o quanto ela de fato ganhou com a venda dos produtos, ficou em 7,7%. Entre os mesmos meses de 2014, ela era de 14%.

Segundo Tulio Queiroz, diretor financeiro da Guararapes, as perdas ocorreram por uma combinação de fatores.

Entre eles estão preços mais agressivos (pressionados pela concorrência e pela diminuição do poder de compra do consumidor), um nível de estoque bastante elevado e o aumento de despesas (os custos com energia elétrica, por exemplo, cresceram cerca de 40% no segundo trimestre).

"Em relação aos estoques, tivemos um problema na coleção, com um desarranjo na estratégia de importar mais produtos da linha básicos da China e uma aposta de vendas acima do que se concretizou", afirmou o executivo em conferência para divulgação dos resultados na manhã desta quarta-feira (5).

Para contornar esses problemas, a empresa tem aumentado a produtividade das lojas. O índice cresceu 21% no semestre e ainda deve aumentar mais 9% até o fim do ano.

O indicador é calculado pela divisão de metros quadrados das unidades pelo número de funcionários, o que significa que a Riachuelo está diminuindo a quantidade de trabalhadores em cada ponto de venda.

Até o final de junho, a varejista tinha 270 lojas, 54% delas com menos de cinco anos, tempo que a operação leva para ser considerada madura.

"A quantidade de áreas em período de maturação pressiona nossa margem de curto prazo, mas vai gerar crescimento adicional daqui para frente", afirmou Queiroz.

Apesar das adequações, a previsão de investir de 450 a 500 milhões de reais durante o ano será mantida, segundo o diretor.

A Guararapes já investiu 249 milhões de reais neste ano, 237 milhões de reais (95%) só na Riachuelo. Desta última quantia, 41% foram destinados à construção de um novo centro de distribuição e 40% à abertura de novas lojas.

Cartões

No segmento financeiro, a Riachuelo teve perdas de 11,7% com inadimplência nos empréstimos pessoais e de 6,2% no cartão Riachuelo no segundo trimestre. Neste último produto, o índice deve subir para 8% até o fim do ano, conforme previsão da varejista.

Para minimizar os impactos, a empresa está reduzindo os volumes de crédito consignado, limitando os empréstimos oferecidos aos clientes e aumentando as taxas de juros, segundo Queiroz.

O índice de cobertura para dívidas vencidas há mais de 90 dias ficou em 88,1% no período.

Outros números

De abril a junho, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Guararapes foi de 170,593 de reais, uma diminuição de 22,9% ante igual período de 2014.

Já o Ebitda ajustado pelo incentivo fiscal de Imposto de Renda caiu 22,4% no período, para R$ 177,9 milhões.

A receita líquida do grupo cresceu 17,9% na relação anual, para R$ 1,325 bilhão.

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