MRV tem lucro 3,1% maior no 2º tri por maiores vendas
Companhia registrou lucro líquido de 141 milhões de reais no segundo trimestre, resultado acima das expectativas de analistas
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2013 às 20h12.
Rio de Janeiro - A construtora e incorporadora mineira MRV registrou lucro líquido de 141 milhões de reais no segundo trimestre, resultado acima das expectativas de analistas, beneficiado por um maior volume de vendas e menor concorrência do setor.
A média das projeções de analistas obtidas pela Reuters apontava para lucro líquido de 92 milhões de reais. O resultado do segundo trimestre ficou 3,1 por cento menor na comparação anual, mas mostrou crescimento de 78,7 por cento em relação aos três primeiros meses do ano.
"A gente teve um volume alto de vendas no trimestre (...) Eu atribuo isso a demografia, formação de família, renda. E uma concorrência menor, o que tem permitido para nós um mercado bastante saudável", disse à Reuters o diretor executivo de finanças da MRV, Leonardo Côrrea.
A empresa mineira teve aumento de 46,5 por cento nas vendas contratadas do segundo trimestre na comparação anual, a 1,381 bilhão de reais, com foco maior na venda de estoques, conforme o anunciado em julho.
Na comparação com o primeiro trimestre, as vendas da MRV cresceram 26,2 por cento. Foi o mesmo ritmo de expansão do cancelamento de contratos (distratos), que somou 293,6 milhões de reais, também na comparação sequencial. A relação entre cancelamentos e vendas brutas ficou em 21,3 por cento, ante 21,2 por cento no trimestre anterior.
"Nos próximos dois trimestres, eu não espero modificação do patamar de distratos em termos percentuais. Vejo em algum momento do ano que vem uma queda percentual dos distratos", disse o executivo.
Assim como outras companhias do setor, a MRV adotou uma política de crédito mais restritiva, levando a um incremento no volume de unidades canceladas.
Segundo a MRV, a revenda das unidades é rápida, "com ganhos substanciais em preço de venda e maximização no recebimento de caixa futuro", disse em seu relatório de resultados. Das unidades distratadas no primeiro semestre, 90,5 por cento foram revendidas naquele período e com um ganho de 16,4 por cento no preço médio de venda.
Os lançamentos da MRV no segundo trimestre caíram 41 por cento na comparação anual, para 634 milhões de reais.
No final de junho, o estoque a valor de mercado da MRV totalizava 4,19 bilhões de reais, ante 4,4 bilhões ao final do primeiro trimestre.
A receita líquida da MRV atingiu 1,02 bilhão de reais entre abril e junho, alta anual de 6,1 por cento e de 22,9 por cento na comparação trimestral.
Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos depreciação e amortização) caiu 9,9 por cento na comparação com o segundo trimestre de 2012 e atingiu 186 milhões de reais. Na comparação com os três primeiros meses do ano, houve avanço de 44,7 por cento.
O volume de repasses da MRV no trimestre, de 12.521 unidades no trimestre, contribuiu para o aumento da geração de caixa da companhia, que encerrou o período em 116 milhões de reais, ante 62 milhões de reais entre janeiro e março.
O valor será utilizado no programa de recompra de ações da companhia e na redução do endividamento, de acordo com Côrrea. "Mais um ou dois trimestres de geração de caixa é o que eu preciso para diminuir o endividamento. A sequência é aumentar os dividendos", afirmou.
Margens
As margens da MRV devem mostrar recuperação no segundo semestre, depois de terem atingido seu patamar mais baixo, com a melhora de seus processos operacionais e impulsionado por uma maior demanda, à medida que os projetos menos rentáveis vão sendo entregues.
"A gente já viu no primeiro semestre uma venda mais robusta... Eu não espero nada diferente do que a gente viu no primeiro semestre nem no segmento econômico nem no mercado específico", afirmou Côrrea.
A companhia encerrou o trimestre com margem bruta de 26,6 por cento, ante 28,7 por cento um ano antes. A margem Ebitda ficou em 18,3 por cento, ante 21,5 por cento no segundo trimestre de 2012.
"As margens ainda estão um pouco menores do que no segundo trimestre de 2012. Mas como vem vendendo bem, ao longo do tempo a margem está se recuperando", disse o executivo.
Segundo a MRV, os ganhos de margem ocorrerão efetivamente dos produtos comercializados no quarto trimestre de 2012.
"Isso vai acontecendo paulatinamente, no terceiro, quarto trimestre", adicionou.
Rio de Janeiro - A construtora e incorporadora mineira MRV registrou lucro líquido de 141 milhões de reais no segundo trimestre, resultado acima das expectativas de analistas, beneficiado por um maior volume de vendas e menor concorrência do setor.
A média das projeções de analistas obtidas pela Reuters apontava para lucro líquido de 92 milhões de reais. O resultado do segundo trimestre ficou 3,1 por cento menor na comparação anual, mas mostrou crescimento de 78,7 por cento em relação aos três primeiros meses do ano.
"A gente teve um volume alto de vendas no trimestre (...) Eu atribuo isso a demografia, formação de família, renda. E uma concorrência menor, o que tem permitido para nós um mercado bastante saudável", disse à Reuters o diretor executivo de finanças da MRV, Leonardo Côrrea.
A empresa mineira teve aumento de 46,5 por cento nas vendas contratadas do segundo trimestre na comparação anual, a 1,381 bilhão de reais, com foco maior na venda de estoques, conforme o anunciado em julho.
Na comparação com o primeiro trimestre, as vendas da MRV cresceram 26,2 por cento. Foi o mesmo ritmo de expansão do cancelamento de contratos (distratos), que somou 293,6 milhões de reais, também na comparação sequencial. A relação entre cancelamentos e vendas brutas ficou em 21,3 por cento, ante 21,2 por cento no trimestre anterior.
"Nos próximos dois trimestres, eu não espero modificação do patamar de distratos em termos percentuais. Vejo em algum momento do ano que vem uma queda percentual dos distratos", disse o executivo.
Assim como outras companhias do setor, a MRV adotou uma política de crédito mais restritiva, levando a um incremento no volume de unidades canceladas.
Segundo a MRV, a revenda das unidades é rápida, "com ganhos substanciais em preço de venda e maximização no recebimento de caixa futuro", disse em seu relatório de resultados. Das unidades distratadas no primeiro semestre, 90,5 por cento foram revendidas naquele período e com um ganho de 16,4 por cento no preço médio de venda.
Os lançamentos da MRV no segundo trimestre caíram 41 por cento na comparação anual, para 634 milhões de reais.
No final de junho, o estoque a valor de mercado da MRV totalizava 4,19 bilhões de reais, ante 4,4 bilhões ao final do primeiro trimestre.
A receita líquida da MRV atingiu 1,02 bilhão de reais entre abril e junho, alta anual de 6,1 por cento e de 22,9 por cento na comparação trimestral.
Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos depreciação e amortização) caiu 9,9 por cento na comparação com o segundo trimestre de 2012 e atingiu 186 milhões de reais. Na comparação com os três primeiros meses do ano, houve avanço de 44,7 por cento.
O volume de repasses da MRV no trimestre, de 12.521 unidades no trimestre, contribuiu para o aumento da geração de caixa da companhia, que encerrou o período em 116 milhões de reais, ante 62 milhões de reais entre janeiro e março.
O valor será utilizado no programa de recompra de ações da companhia e na redução do endividamento, de acordo com Côrrea. "Mais um ou dois trimestres de geração de caixa é o que eu preciso para diminuir o endividamento. A sequência é aumentar os dividendos", afirmou.
Margens
As margens da MRV devem mostrar recuperação no segundo semestre, depois de terem atingido seu patamar mais baixo, com a melhora de seus processos operacionais e impulsionado por uma maior demanda, à medida que os projetos menos rentáveis vão sendo entregues.
"A gente já viu no primeiro semestre uma venda mais robusta... Eu não espero nada diferente do que a gente viu no primeiro semestre nem no segmento econômico nem no mercado específico", afirmou Côrrea.
A companhia encerrou o trimestre com margem bruta de 26,6 por cento, ante 28,7 por cento um ano antes. A margem Ebitda ficou em 18,3 por cento, ante 21,5 por cento no segundo trimestre de 2012.
"As margens ainda estão um pouco menores do que no segundo trimestre de 2012. Mas como vem vendendo bem, ao longo do tempo a margem está se recuperando", disse o executivo.
Segundo a MRV, os ganhos de margem ocorrerão efetivamente dos produtos comercializados no quarto trimestre de 2012.
"Isso vai acontecendo paulatinamente, no terceiro, quarto trimestre", adicionou.