Montadoras: 2017 promissor?
Para as mondadoras instaladas no Estados Unidos, este é o pior dos tempos, e também o melhor dos tempos. Na terça-feira, o presidente americano, Donald Trump, se reuniu com os principais executivos do setor e prometeu reduzir tributos e mudar a legislação ambiental como incentivo para que as empresas gerem empregos nos Estados Unidos. As […]
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 05h41.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h07.
Para as mondadoras instaladas no Estados Unidos, este é o pior dos tempos, e também o melhor dos tempos. Na terça-feira, o presidente americano, Donald Trump, se reuniu com os principais executivos do setor e prometeu reduzir tributos e mudar a legislação ambiental como incentivo para que as empresas gerem empregos nos Estados Unidos. As ações das companhias subiram na Bolsa de Nova York. A Fiat liderou a escalada: suas ações subiram 5,8% na terça-feira; as da GM avançaram 1%; e as da Ford, 2,4%. Nesta quinta-feira 26, Fiat e Ford divulgam os resultados do quarto trimestre de 2016.
Com 17,55 milhões de veículos novos vendidos, 2016 bateu recorde e foi o sétimo ano seguido de aumento no número de vendas nos EUA. Para as montadoras de Detroit, a alta foi ainda melhor: combustível barato e crédito fácil impulsionaram as vendas das lucrativas picapes e SUVs. Hoje, os resultados devem mostrar se toda essa bonança se traduziu em números.
No caso da Ford, parece que não. Analistas esperam um ganho de 32 centavos por ação, ante os 58 centavos por ação no mesmo período do ano passado, e um faturamento de 35 bilhões de dólares, queda de 7,6% na comparação com um ano antes. Para a Fiat, que viu suas ações caírem 16% há duas semanas por ter sido acusada pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA de usar um programa de computador para burlar testes de emissão de poluentes, as projeções são de um ganho de 45 centavos de dólares por ação, comparados com 81 centavos no quarto trimestre de 2015.
Este ano, o desafio será lidar com a política protecionista de Trump que, se por um lado pode ajudar as vendas nos Estados Unidos, por outro, pode prejudicar as montadoras –empresas essencialmente globalizadas– no resto do mundo, principalmente no México. Até agora, as ameaças – e tweets – do republicano têm dado resultado. A Ford desistiu de um plano de 1,6 bilhão de dólares para uma nova fábrica no México e a Fiat já prometeu investir 1 bilhão em duas plantas nos Estados Unidos, que devem gerar 2.000 novos empregos. A ver se, além de agradar o presidente falastrão, as empresas conseguirão agradar seus acionistas e, sobretudo, seus clientes.