São Paulo – Quem nunca abriu uma embalagem de chocolate apenas para descobrir que o doce tinha derretido com o calor do sol? Em alguns estados do Brasil, o calor é tão intenso que a venda de chocolates é muito complexa.
Por isso, até algum tempo atrás a Mondelez Brasil, dona de marcas como Lacta, Bis e Sonho de Valsa, tinha uma venda reduzida na região do Nordeste. Ela conseguia apenas distribuir caixas de variedades e de Bis em mercados de bairro, que não contam com ar condicionado.
Para solucionar esse problema ela lançou, em 2013, o projeto Adega. Pequenos refrigeradores são instalados em lojas pequenas. O varejista não arca com o custo da instalação do eletrodoméstico. Dessa forma, a companhia consegue colocar todo o seu portfólio de doces nesses locais. A partir de 2015, a expansão foi mais forte e hoje a Adega já está em mais de 400 lojas na Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
A Adega é voltada para pequenos varejistas, com 5 a 9 caixas. Supermercados maiores são climatizados com ar condicionado e não têm a necessidade do aparelho. Já para canais menores, como padarias, a companhia estuda criar refrigeradores ainda menores, para colocar nos balcões, afirmou Paula Siqueira, gerente de Trade Marketing para as regiões Norte e Nordeste da Mondelez Brasil.
Nos locais onde a geladeira foi implementada, as vendas de produtos Mondelez cresceram 53%. “Em um cenário de alta competitividade, o varejista está vendo a diferença que o equipamento faz no negócio dele”, afirmou Siqueira.
O projeto deu tão certo que a empresa tem planos para expandir seu alcance esse ano e chegar em cidades do interior da Bahia e Pernambuco e novos estados, como Maranhão e Piauí. O investimento no projeto aumento 50% este ano em relação ao ano anterior.
Como se faz o Trident de hortelã da Mondelez - 1. Chicletes
1 /14(Exame.com/Karin Salomão)
São Paulo – O chiclete que está na boca dos brasileiros, o Trident, é produzido pela Mondelez no Brasil. A empresa tem seis fábricas no país, em quatro cidades diferentes. A fábrica em Bauru, interior de São Paulo, produz todas as balas e gomas da companhia, como Halls, Trident, Bubaloo, Chiclets e Plets. São 200 mil metros quadrados, com 30% de área construída. Mais de mil funcionários trabalham em três turnos, 24 horas por dia. A grande maioria do que é fabricado, 92%, é voltada ao mercado interno, mas a empresa pretende ampliar a exportação, segundo Fábio Corrales, gerente de planta. EXAME.com acompanhou a produção de Trident Hortelã. Confira nas imagens.
- 2. Goma
2 /14(Exame.com/Karin Salomão)
A produção começa na preparação da goma. Ela chega do fornecedor em bolinhas ou em blocos. É derretida e misturada com os outros ingredientes na mesma máquina, o misturador. A base é feita com goma, sorbitol – que substitui o açúcar – corante e sabor.
- 3. Pré-formatada
3 /14(Exame.com/Karin Salomão)
A base do chiclete já está quase pronta. Ela é derramada na máquina extrusora, que a deixará pré-formatada, em uma manta.
- 4. Cheiro
4 /14(Exame.com/Karin Salomão)
Nesta parte do processo, o cheiro de hortelã é bem forte e os olhos de quem não está acostumado lacrimejam bastante.
- 5. Talco
5 /14(Exame.com/Karin Salomão)
O chiclete sai da máquina extrusora em forma de manta. Recebe uma chuva de “talco” comestível, para que a massa não grude.
- 6. Lâmina
6 /14(Exame.com/Karin Salomão)
Já na altura correta e laminada em tiras, o chiclete passa por um detector de metais. Qualquer produto alimentício precisa passar algumas vezes por esse sensor, durante o processo de produção. Isso dá a segurança de que nada indevido caiu dentro da massa, como peças da máquina.
- 7. Resfriamento
7 /14(Exame.com/Karin Salomão)
Depois que sai da máquina de laminação, as placas de chiclete são empilhadas e reservadas. Elas ficam 24 horas em uma câmara de refrigeração, tanto para ficar na temperatura correta quanto para adquirir a consistência ideal, mais dura.
- 8. Organizadas
8 /14(Exame.com/Karin Salomão)
No dia seguinte, o chiclete vai para a embalagem. Uma funcionária destaca, organiza e empilha as lâminas de Trident. Elas serão cortadas no formato padrão e embaladas em poucos segundos.
- 9. Dobrados
9 /14(Exame.com/Karin Salomão)
Aqui, os produtos estão no meio do processo de embalagem.O papel já está em volta dos chicletes Trident.Diferente do que diz a lenda urbana, o papel da embalagem não é comestível. Tampouco é feito de arroz. O material utilizado é papel e parafina. É reciclável e, por se tratar de uma estrutura de celulose, sua decomposição é rápida no meio ambiente.
- 10. Embalagem
10 /14(Exame.com/Karin Salomão)
Agora, os chicletes recebem a embalagem externa. Essa linha Trident tem cinco gomas por pacote. O selador é aquecido e fecha as laterais do embrulho.
- 11. Sensor
11 /14(Exame.com/Karin Salomão)
Depois de fechadas, as embalagens passam por um sensor. Um jato de vento afasta todos os pacotes que porventura estejam vazios. O sensor também pesa cada produto, para ter certeza que tem o padrão de 8 gramas.
- 12. Display
12 /14(Exame.com/Karin Salomão)
Aqui, as embalagens são arrumadas em um display que irá para as lojas.
- 13. Aguardando
13 /14(Exame.com/Karin Salomão)
Os pallets ficam no centro de distribuição, apenas esperando serem distribuídos pelas lojas e supermercados.
- 14. Confira também
14 /14(Tatiana Vaz/EXAME.com)