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Metalúrgicos da Volkswagen rejeitam novo acordo

A proposta que previa a abertura de um PDV para aproximadamente 2,1 mil funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo

Funcionário da Volkswagen em São Bernardo: a proposta foi rejeitada por metade dos cerca de 9 mil trabalhadores que participaram da assembleia (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 07h35.

São Paulo - Trabalhadores da Volkswagen rejeitaram, na terça-feira, 2, em assembleia, a proposta que previa a abertura de um programa de demissão voluntária (PDV) para aproximadamente 2,1 mil funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O pacote incluía o não reajuste de salários em 2015 e 2016 e garantia de produção de três novos carros na unidade.

Negociada entre a direção da Volkswagen e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC desde julho, a proposta foi rejeitada por metade dos cerca de 9 mil trabalhadores que participaram da assembleia na tarde de ontem (2), segundo cálculos da entidade.

A proposta previa a abertura do PDV em janeiro. A medida faria parte de um novo acordo entre empresa e trabalhadores. O atual, que vence em 2016, prevê reajustes pela inflação e mais 2% de aumento real.

O novo acerto, com validade até 2019, estabelecia, entre outros itens, abonos em vez de reajustes (de R$ 8,5 mil e R$ 6.374, respectivamente), o PDV, garantia de emprego aos que permanecerem na fábrica e a produção de novos modelos. Nesta quarta-feira, 3, são feitos na unidade o novo Gol, Saveiro, Polo e Voyage.

Nem a empresa nem dirigentes sindicais quiseram comentar a decisão ontem. A empresa disse que não falará sobre o assunto e o sindicato, que só hoje terá uma avaliação. O mais provável é que as partes voltem a negociar um novo acordo.

A montadora alega ter excedente de 2,1 mil pessoas no seu quadro de 13 mil funcionários. A maior parcela dessa ociosidade foi gerada com o fim da produção da Kombi e do Gol G4 em dezembro de 2013. As duas linhas empregavam perto de 1,8 mil pessoas.

De julho a novembro, 790 trabalhadores desse grupo ficaram em lay-off (com contratos suspensos temporariamente) e retornaram após vencer o prazo do programa, que é de no máximo cinco meses.

Parte do pessoal foi deslocada para outras áreas e parte está na fábrica fazendo treinamentos.

Para quem aderisse ao PDV, seria oferecido de cinco a 15 salários extras, dependendo do tempo de casa.

Para o funcionário prestes a se aposentar havia mais dez salários e, para aqueles com restrição médica, mais um salário por ano trabalhado.

A Kombi deixou de ser fabricada porque não tinha condições de receber airbag e freio ABS - itens que passaram a ser obrigatórios a partir deste ano.

O G4 saiu de linha porque estava defasado. O modelo deu lugar ao up! que está sendo produzido em Taubaté (SP).

A fábrica do ABC, a mais antiga do grupo no País, vai montar a partir de 2015 o novo Jetta com kits de peças que virão de fora.

A produção completa seria uma das alternativas dentro do novo acordo. O grupo também tem uma fábrica de carros em São José dos Pinhais (PR).

Dificuldades

A Volkswagen é a marca que enfrenta mais dificuldades atualmente entre as principais fabricantes. Em relação a 2013, suas vendas caíram 14,8% no período de janeiro a novembro, para 515,5 mil unidades.

A Fiat, líder do mercado, vendeu 631,1 mil veículos, 9,5% a menos que no ano passado. A General Motors, segunda no ranking, vendeu 520,4 mil unidades, com queda de 11,5%.

O mercado total de automóveis e comerciais leves registrou retração de 8,2% no acumulado do ano, com um total 2,978 milhões de unidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Trabalhadores da Volkswagen rejeitaram, na terça-feira, 2, em assembleia, a proposta que previa a abertura de um programa de demissão voluntária (PDV) para aproximadamente 2,1 mil funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O pacote incluía o não reajuste de salários em 2015 e 2016 e garantia de produção de três novos carros na unidade.

Negociada entre a direção da Volkswagen e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC desde julho, a proposta foi rejeitada por metade dos cerca de 9 mil trabalhadores que participaram da assembleia na tarde de ontem (2), segundo cálculos da entidade.

A proposta previa a abertura do PDV em janeiro. A medida faria parte de um novo acordo entre empresa e trabalhadores. O atual, que vence em 2016, prevê reajustes pela inflação e mais 2% de aumento real.

O novo acerto, com validade até 2019, estabelecia, entre outros itens, abonos em vez de reajustes (de R$ 8,5 mil e R$ 6.374, respectivamente), o PDV, garantia de emprego aos que permanecerem na fábrica e a produção de novos modelos. Nesta quarta-feira, 3, são feitos na unidade o novo Gol, Saveiro, Polo e Voyage.

Nem a empresa nem dirigentes sindicais quiseram comentar a decisão ontem. A empresa disse que não falará sobre o assunto e o sindicato, que só hoje terá uma avaliação. O mais provável é que as partes voltem a negociar um novo acordo.

A montadora alega ter excedente de 2,1 mil pessoas no seu quadro de 13 mil funcionários. A maior parcela dessa ociosidade foi gerada com o fim da produção da Kombi e do Gol G4 em dezembro de 2013. As duas linhas empregavam perto de 1,8 mil pessoas.

De julho a novembro, 790 trabalhadores desse grupo ficaram em lay-off (com contratos suspensos temporariamente) e retornaram após vencer o prazo do programa, que é de no máximo cinco meses.

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O G4 saiu de linha porque estava defasado. O modelo deu lugar ao up! que está sendo produzido em Taubaté (SP).

A fábrica do ABC, a mais antiga do grupo no País, vai montar a partir de 2015 o novo Jetta com kits de peças que virão de fora.

A produção completa seria uma das alternativas dentro do novo acordo. O grupo também tem uma fábrica de carros em São José dos Pinhais (PR).

Dificuldades

A Volkswagen é a marca que enfrenta mais dificuldades atualmente entre as principais fabricantes. Em relação a 2013, suas vendas caíram 14,8% no período de janeiro a novembro, para 515,5 mil unidades.

A Fiat, líder do mercado, vendeu 631,1 mil veículos, 9,5% a menos que no ano passado. A General Motors, segunda no ranking, vendeu 520,4 mil unidades, com queda de 11,5%.

O mercado total de automóveis e comerciais leves registrou retração de 8,2% no acumulado do ano, com um total 2,978 milhões de unidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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