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Mesmo se dólar disparar, Volks não aumentará preço de importados, diz CEO

Presidente da montadora afirmou que "o importante é respeitar o consumidor e ser consistente na política de preços"

Volkswagen: montadora comercializou 165 mil veículos fabricados no país no mercado externo em 2017 e prevê chegar a 185 mil carros em 2018 (Germano Lüders/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de maio de 2018 às 19h17.

Ribeirão Preto - O presidente e CEO da Volkswagen na região América do Sul e Brasil, Pablo Di Si, afirmou nesta quarta-feira, 2, que a companhia não reajustará os preços de veículos importados no País "mesmo se o dólar disparar".

A moeda norte-americana passa por um período de valorização no mercado local. Hoje subiu 1,36%, a R$ 3,5518 à vista. É a maior cotação em quase dois anos, desde os R$ 3,5843 de 2 de junho de 2016.

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"A alta do dólar pode ajudar a exportação, mas pode dificultar as vendas de importados. Mesmo se o dólar disparar, não aumentaremos os preços de importados porque o importante é respeitar o consumidor e ser consistente na política de preços", afirmou o executivo durante entrevista na 25ª Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). "Se muda o preço com o dólar, acaba com a marca."

Segundo a montadora , dos 17 modelos da Volkswagen comercializados no Brasil, três - Golf Variant, Jett e Tiguan - são importados do México. Dois deles -Passat e Touareg - vêm da Alemanha e a picape Amarok chega pela Argentina.

Os modelos fabricados no Brasil são exportados. A montadora comercializou 165 mil veículos no mercado externo em 2017 e prevê chegar a 185 mil carros em 2018. "É uma fábrica e meia exportada", brincou Di Si.

A Volkswagen também exporta os motores produzidos pela marca em São Carlos (SP). Essa planta industrial produziu 450 mil motores no ano passado e deve chegar a 800 mil em 2018.

Di Si afirmou estar otimista no fechamento do acordo de livre comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul, mas defendeu períodos diferentes de implantação para os setores da economia e até mesmo dentro do automotivo.

"O acordo vai acontecer, mas cada setor e cada indústria vai ter sua velocidade. Não é necessária mesma velocidade do setor agrícola, que pode ser de cinco anos, e dos autos, que pode variar de 5 a 15 anos", disse. "O complicado vai ser acordar entre as montadoras, mas a maior parte quer o comércio bilateral em médio prazo."

A incerteza política no Brasil não afastará investimentos da Volkswagen no País, segundo o executivo. No ano passado a montadora anunciou um aporte previsto de R$ 7 bilhões até 2020.

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