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Mensagem de Zuckerberg para Wall Street: tenha paciência

Mark Zuckerberg acha que, com sua reputação, ele pode pedir paciência aos investidores, que estão ávidos por promessas, projeções e números

Mark Zuckerberg em teleconferência do Facebook: talvez os investidores de Zuckerberg queiram resultados, mas o bilionário nunca teve muita pressa (David Paul Morris/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 17h20.

A paciência é uma virtude rara entre os investidores. Mark Zuckerberg acha que, com sua reputação, ele pode pedi-la.

Na quarta-feira, a Facebook Inc . acabava de informar que a receita do segundo trimestre superou as estimativas dos analistas, e, em uma teleconferência, alguns desses analistas perguntaram ao CEO sobre aplicativos que poderiam estar gerando bilhões de dólares por conta própria – WhatsApp, Instagram e Messenger.

Zuckerberg não pareceu ansioso para apaziguar seus interrogadores com promessas, projeções e nem com números atualizados de usuários.

“Pediríamos um pouco de paciência com isso para fazê-lo corretamente”, disse ele, em relação ao Messenger da Facebook.

O foco dos três aplicativos continuava sendo expandir suas comunidades, disse ele.

O Messenger tem 700 milhões de usuários, mais que o dobro da Twitter Inc; o WhatsApp, 800 milhões; e o Instagram, mais de 300 milhões.

O Instagram começou a vender anúncios, mas isso não vai gerar um impacto nos lucros da Facebook durante um bom tempo, disse a diretora operacional, Sheryl Sandberg.

“Eles não deram muitos detalhes novos, mas esse é o tipo de luxo e tempo que você obtém quando seu negócio principal está se saindo muito bem”, disse Nate Elliott, analista da Forrester Research. “Parece que eles estão tirando proveito disso”.

Talvez os investidores de Zuckerberg queiram resultados, mas o bilionário fundador da rede social nunca teve muita pressa.

Na teleconferência da quarta-feira, ele relembrou o período 2006-2007, quando a Facebook estava sendo pressionada a adicionar banners publicitários, o principal método para obter lucros de muitos sites na época. Mas a Facebook não se precipitou e desenvolveu anúncios com um aspecto mais natural, disse ele.

‘Interação orgânica’

“Decidimos que, no longo prazo, os anúncios e a monetização teriam um desempenho melhor se houvesse uma interação orgânica entre as pessoas que usam o produto e as empresas”, disse Zuckerberg.

Agora, a Facebook está aplicando uma tática parecida. Com o Messenger, por exemplo, a empresa apresentará meios para que as pessoas conversem com as empresas como um canal de atendimento ao cliente.

Zuckerberg vem moderando as expectativas dos investidores em relação aos produtos há tempos. Em outubro, ele disse que os aplicativos “não ficam de fato interessantes para serem transformados em negócios até que eles tenham cerca de um bilhão de usuários”.

Foi uma forma humilde de gabar-se e uma referência sarcástica a um concorrente. A poucos quilômetros ao norte da sede da Facebook em Menlo Park, na Califórnia, a Twitter, com sede em São Francisco, tinha dificuldades para superar a marca de 300 milhões de usuários.

Agora, a Twitter projeta que o crescimento vai se estagnar por um tempo, disseram seus executivos na terça-feira. A Facebook, por sua vez, tem a tradição de desenvolver ou comprar produtos com usuários dedicados – e torná-los rentáveis.

A maior aposta

Então aparece a Oculus, a fabricante de óculos de realidade virtual que pertence à Facebook. É um elemento central da visão grandiloquente de Zuckerberg sobre o futuro da internet, e novamente, os investidores terão que esperar por uma potencial recompensa.

A Oculus espera iniciar as remessas do seu primeiro produto para os consumidores no início de 2016.

Será um acontecimento importante para Zuckerberg, que disse que as experiências de imersão tridimensional acabarão substituindo os vídeos como o formato mais popular na internet. Mas, na teleconferência, os executivos da Facebook não quiseram dizer quantas unidades Oculus seriam despachadas, como elas mudariam a estrutura de custos da Facebook nem se a companhia teria uma loja de aplicativos.

Enquanto isso, a Facebook realizou o maior número de contratações trimestrais de sua história, e a maioria dos funcionários foi incorporada nos departamentos de pesquisa e desenvolvimento – uma estratégia de longo prazo para Zuckerberg que inclui o domínio da inteligência artificial.

As vendas da Facebook subiram 39 por cento, para US$ 4,04 bilhões, no trimestre. Isso deveria render mais tempo para Zuckerberg.

São Paulo – Nesta quarta-feira, o Facebook comprou o WhatsApp por 19 bilhões de dólares, o que colocou os fundadores do aplicativo, Jan Koum e Brian Acton, na seleta lista de donos de pelo menos um bilhão de dólares no mundo. Eles, porém, são apenas dois dos nove bilionários que o Facebook produziu desde a sua criação, a começar pelo seu criador, Mark Zuckerberg . Veja lista a seguir:
  • 2. Mark Zuckerberg

    2 /10(Justin Sullivan/Getty Images)

  • Veja também

    Fortuna: 28 bilhões de dólares
    Mark Zuckerberg, 29, fundou a rede social em 2004 de seu dormitório em Harvard e permanece até hoje como presidente da empresa. Ele atingiu seu primeiro bilhão de dólares em 2007, quando a rede chegou a 1 bilhão de usuários.
  • 3. Jan Koum

    3 /10(Reprodução/Facebook/Jan Koum)

  • Fortuna: 6,8 bilhões de dólares
    Jan Koum, ao lado de seu sócio Brian Acton, é o mais novo integrante da lista. Na noite de ontem o WhatsApp, fundado por ambos, f oi vendido para o Facebook por 19 bilhões de dólares. Koum, que possuía 45% de participação na empresa, agora tem 6,8 bilhões de dólares e fará parte da mesa executiva do Facebook.
  • 4. Dustin Moskovitz

    4 /10(GettyImages)

    Fortuna: 5,2 bilhões de dólares
    Dustin Moskovitz era colega de quarto de Zuckerberg e foi um dos fundadores da rede. Em 2008, ele deixou a companhia para fundar a empresa de softwares Asana, mas seu primeiro bilhão só veio em 2012, como IPO do Facebook e a valorização dos 5% de participação que ele ainda tem da empresa.
  • 5. Brian Acton

    5 /10(Reprodução/Twitter/@brianacton)

    Fortuna: 3 bilhões de dólares
    Brian Acton é co-fundador do aplicativo WhatsApp e dono de 20% da empresa. Com a venda da companhia para o Facebook por 19 bilhões de dólares, sua fortuna chegou aos 3 bilhões de dólares e pode crescer, já que boa parte dela está em ações da rede social.
  • 6. Eduardo Saverin

    6 /10(GettyImages)

    Fortuna: 2,6 bilhões de dólares
    Eduardo Saverin , 31, era amigo de Zuckerberg e fez parte do time de fundadores do Facebook. Ele saiu em maus termos da empresa em 2005, mas permaneceu com 2,2% das ações, que o tornaram bilionário em 2012. Hoje, o brasileiro vive em Singapura e investe em start ups de tecnologia.
  • 7. Sean Parker

    7 /10(GettyImages)

    Fortuna: 2 bilhões
    Sean Parker foi o primeiro presidente do Facebook e ainda possui algumas ações da companhia – a participação não é divulgada. O fundador do Napster, interpretado por Justin Timberlake no filme A Rede Social, hoje investe no serviço de streaming de músicas Spotify e na produção de filmes.
  • 8. Peter Thiel

    8 /10(Getty Images)

    Fortuna: 1,8 bilhão de dólares
    Peter Thiel, 46, foi o primeiro investidor profissional do Facebook. Em 2004, ele pagou 500.000 dólares em troca de 10% da empresa. Vendeu grande parte dela, mas o que restou foi suficiente para torná-lo bilionário em 2012. Thiel é co-fundador do PayPal e investe em empresas do Vale do Silício.
  • 9. Jim Breyer

    9 /10(Wikipedia)

    Fortuna: 1,5 bilhão de dólares
    O investidor Jim Breyer colocou dinheiro no Facebook em 2005 e fez parte da mesa diretora da companhia até 2013. Ele também ficou bilionário em 2012, devido ao IPO da rede social. Bryer já participou das mesas diretoras do WallMart e da Dell e hoje investe principalmente na China.
  • 10. Agora, veja quem foram 15 os bilionários mais caridosos de 2013

    10 /10(Getty Images)

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