Menor caixa da Petrobras inibe tecnologia no pré-sal
A estatal tem indicado uma menor disposição menor de adquirir as inovações que serão geradas a partir dos projetos financiados pelo programa Inova Petro 2
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2014 às 08h06.
Brasília - O governo está com enormes dificuldades para emprestar R$ 3 bilhões, com juros subsidiados, para empresas nacionais desenvolverem máquinas, equipamentos e soluções técnicas para o setor de petróleo e gás.
Não porque as empresas não tenham condições, mas porque as próprias companhias, todas fornecedoras da Petrobras , têm engavetado projetos de inovação diante do quadro de dificuldades de caixa da estatal. Desse bolo financeiro, o governo hoje vislumbra desembolsar apenas cerca de R$ 500 milhões, ou 16% do total.
Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a Petrobras tem acenado a seus fornecedores uma disposição menor de adquirir as inovações que serão geradas a partir dos projetos financiados pelo programa Inova Petro 2, lançado em janeiro pelo governo.
Em fase de recebimento das cartas de manifestação de interesse, o Inova Petro 2 foi alvo de interesse de uma carteira de quase R$ 14 bilhões em projetos das empresas, que, no entanto, estão reticentes em tomar o dinheiro, ainda que a custo subsidiado.
Gerido pelo BNDES, pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Petrobras, o Inova Petro 2 conta com R$ 3 bilhões para serem emprestados, a juros abaixo do praticado no mercado, para o desenvolvimento de instalações submarinas, processamento de superfície, reservatórios e poços.
O governo quer analisar as propostas e liberar o recurso em 2015, de forma a gerar resultado sobre a cadeia produtiva quando a exploração do pré-sal estará a todo vapor no País.
Na gaveta
Sob a condição de anonimato, representantes de duas fornecedoras da Petrobras afirmaram que têm projetos prontos, mas que, no momento, eles ficarão guardados.
"O quadro do setor não é de estagnação, mas também não há aquele crescimento vistoso que prevíamos para este início de ano. Vamos esperar para ver", afirmou um empresário.
Em nota, a Petrobras informou que apoia o Inova Petro 2, mas que a decisão de participar "compete exclusivamente às empresas". Segundo a estatal, interessados têm até 24 de abril para aderir.
A primeira fase do programa Inova Petro, lançada em agosto de 2012, também não atingiu as expectativas do governo, embora o resultado final tenha sido melhor. BNDES e Finep ofereceram R$ 3 bilhões em crédito subsidiado naquela oportunidade.
O valor contratado foi inferior ao total, ainda que tenha ficado próximo do teto - foram R$ 2,75 bilhões distribuídos entre 38 empresas e 15 Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs).
Entre as vitoriosas na chamada pública estavam grandes empresas como Evonik, Mectron (do grupo Odebrecht), Radix Engenharia, TMSA e Imep, entre outras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Brasília - O governo está com enormes dificuldades para emprestar R$ 3 bilhões, com juros subsidiados, para empresas nacionais desenvolverem máquinas, equipamentos e soluções técnicas para o setor de petróleo e gás.
Não porque as empresas não tenham condições, mas porque as próprias companhias, todas fornecedoras da Petrobras , têm engavetado projetos de inovação diante do quadro de dificuldades de caixa da estatal. Desse bolo financeiro, o governo hoje vislumbra desembolsar apenas cerca de R$ 500 milhões, ou 16% do total.
Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a Petrobras tem acenado a seus fornecedores uma disposição menor de adquirir as inovações que serão geradas a partir dos projetos financiados pelo programa Inova Petro 2, lançado em janeiro pelo governo.
Em fase de recebimento das cartas de manifestação de interesse, o Inova Petro 2 foi alvo de interesse de uma carteira de quase R$ 14 bilhões em projetos das empresas, que, no entanto, estão reticentes em tomar o dinheiro, ainda que a custo subsidiado.
Gerido pelo BNDES, pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Petrobras, o Inova Petro 2 conta com R$ 3 bilhões para serem emprestados, a juros abaixo do praticado no mercado, para o desenvolvimento de instalações submarinas, processamento de superfície, reservatórios e poços.
O governo quer analisar as propostas e liberar o recurso em 2015, de forma a gerar resultado sobre a cadeia produtiva quando a exploração do pré-sal estará a todo vapor no País.
Na gaveta
Sob a condição de anonimato, representantes de duas fornecedoras da Petrobras afirmaram que têm projetos prontos, mas que, no momento, eles ficarão guardados.
"O quadro do setor não é de estagnação, mas também não há aquele crescimento vistoso que prevíamos para este início de ano. Vamos esperar para ver", afirmou um empresário.
Em nota, a Petrobras informou que apoia o Inova Petro 2, mas que a decisão de participar "compete exclusivamente às empresas". Segundo a estatal, interessados têm até 24 de abril para aderir.
A primeira fase do programa Inova Petro, lançada em agosto de 2012, também não atingiu as expectativas do governo, embora o resultado final tenha sido melhor. BNDES e Finep ofereceram R$ 3 bilhões em crédito subsidiado naquela oportunidade.
O valor contratado foi inferior ao total, ainda que tenha ficado próximo do teto - foram R$ 2,75 bilhões distribuídos entre 38 empresas e 15 Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs).
Entre as vitoriosas na chamada pública estavam grandes empresas como Evonik, Mectron (do grupo Odebrecht), Radix Engenharia, TMSA e Imep, entre outras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.