Mais empresas desistem de candidatos por postagens em redes
Levantamento mostra que mais da metade das companhias que pesquisam os perfis de candidatos nas redes sociais antes de contratar já tiveram surpresas desagradáveis
Luísa Melo
Publicado em 1 de julho de 2014 às 09h19.
São Paulo - Faz tempo que as redes sociais deixaram de ser só uma ferramenta para se comunicar com os amigos e se tornaram uma espécie de portfólio. Se por um lado o que se compartilha na internet pode levar alguém ao sucesso instântaneo, por outro, pode queimar o filme. E isso também vale para o mundo corporativo.
Uma pesquisa do site de anúncios de empregos CarrerBuilder divulgada nesta segunda-feira mostra que o número de companhias que eliminam candidatos de processos seletivos por conta de postagens na internet tem crescido nos últimos três anos.
Em 2012, 34% dos empregadores que pesquisam os perfis de aspirantes a funcionários em redes sociais disseram ter encontrado conteúdos que os fizeram desistir de contratá-los. Em 2013, esse índice subiu para 43% e chegou a mais da metade (51%) deles este ano.
Entre os principais motivos que fizeram as empresas dispensarem os candidatos estão a divulgação de fotos provocativas ou inapropriadas (46% dos casos), de imagens em que eles aparecem bebendo ou usando drogas (41%) e postagens em que eles falam mal de outras organizações e empregados (36%).
Lado bom
Uma em cada três companhias disse ter encontrado nas redes sociais atividades que influenciaram positivamente na contratação de funcionários. Entre elas estão postagens que indicam senso de adequação cultural (46%), que reforçam qualificações (45%) e passam uma imagem profissional (43%).
O CarrerBuilder trabalha com mais de mil empresas parceiras ao redor do mundo.