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Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2012 às 18h18.
A Magnesita anunciou, nesta segunda-feira (8/9), a compra da alemã LWB por 657 milhões de euros (aproximadamente 1,611 bilhão de reais). Com a aquisição, a brasileira torna-se a terceira maior fabricante de refratários do mundo. Ambas atuam no segmento de refratários industriais, tendo como principais clientes os setores siderúrgico e cimenteiro. A LWB, fundada em 2001 a partir da fusão de três empresas, é a maior fornecedora mundial de refratários à base de dolomita para esses dois setores.
A LWB conta com cerca de 2.000 funcionários e possui fábricas na Europa, Estados Unidos e China. No total, o grupo contará com 8.000 empregados. De acordo com a Magnesita, juntas, as empresas registrarão quase 900 milhões de euros em vendas anuais. O negócio também permitirá uma economia de 25 milhões de euros em sinergias, decorrentes da prática de vendas cruzadas (cross selling) e da redução do custo de matérias-primas.
O ebitda da nova empresa (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve atingir 218,6 milhões de euros. Os 657 milhões de euros pagos pela LWB incluem o pagamento de um empréstimo dos acionistas atuais da LWB, de 108 milhões de euros; a assunção da dívida da alemã, de 380 milhões de euros; e a emissão de 23,5 milhões de ações da Magnesita para os acionistas da LWB, avaliadas em 169 milhões de dólares. Após a transação, a Rhône Capital, atual controladora da alemã, deterá uma participação de cerca de 11% na Magnesita.
A brasileira também vai renegociar parte da dívida da LWB por meio da emissão de títulos de dívida avaliados em 330 milhões de euros. O banco que deve subscrever os papéis é o JP Morgan Chase Bank. A LWB foi assessorada pelos bancos UBS e Merrill Lynch.
O mercado reagiu à notícia premiando os papéis da Magnesita nesta segunda-feira. Listada no Novo Mercado da Bovespa, as ações ordinárias da empresa (MAGG3, com direito a voto) operavam com forte alta de 2,27% por volta das 13h05, cotadas a 18 reais. Até aquele momento, 331 negócios com os papéis foram realizados. No mesmo instante, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía 0,41%, a 51.726 pontos.