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Magazine Luiza dá até R$ 2,5 mil de desconto na troca de celular velho

Os descontos variam a depender das condições do aparelho usado e de que modelo de celular o cliente deseja adquirir. Quanto mais caro, maior o benefício

MAGAZINE LUIZA: ação de troca de celulares tem como foco aparelhos mais caros (Magazine Luiza/Divulgação)
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Carolina Riveira

Publicado em 22 de maio de 2019 às 12h55.

Última atualização em 23 de maio de 2019 às 14h32.

Depois de a fabricante de celulares chinesa Huawei voltar ao Brasil na última sexta-feira, 17, oferecendo descontos de até 2.000 reais para quem entregasse um celular antigo na compra de um P30, modelo top de linha da empresa, quem também entrou na onda é a varejista Magazine Luiza .

A empresa lançou nesta semana uma campanha para que clientes entreguem seus celulares usados e consigam descontos na compra de aparelhos novos. Batizada de "Smartphoniza Brasil", a campanha vai oferecer descontos que podem chegar a 2.500 reais.

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Os descontos variam a depender das condições do aparelho usado e de que modelo de celular o cliente deseja adquirir. A promoção só vale para quem quiser comprar modelos que custam acima de 1.500 reais. Ficam de fora, portanto, os modelos de entrada, que costumam custar abaixo de 1.000 reais.

Assim, o foco da ação é sobretudo os aparelhos top de linha, que têm os maiores descontos -- mas, também, os maiores preços. Um Samsung S10, smartphone top de linha da coreana e que custa 4.299 em condições normais, tem na campanha desconto de, no mínimo, 1.300 reais, e soma-se a isso o desconto obtido pelo celular antigo do comprador. O iPhone 8 Plus, modelo mais recente da americana Apple, tem economia de 1.000 reais (mais descontos obtidos pelo celular antigo), saindo por, pelo menos, 3.599 reais.

Os descontos já estão disponíveis desde domingo, 19, tanto no site quanto nas mais de 900 lojas físicas do Magazine Luiza.

O Magazine Luiza banca parte do valor dos descontos, e parte foi obtida junto aos fornecedores. A ação também é feita em parceria com a Trocafone, empresa de revenda de celulares seminovos. Quem comprar pelo site também precisa enviar o celular antigo para a Trocafone, que vai avaliar as condições do aparelho. A Trocafone também será responsável pela revenda dos celulares antigos e de suas peças, ou, se for o caso, pelo descarte ecológico do smartphone.

É uma das primeiras redes de varejos no Brasil a adotar o modelo de trocas, que é conhecido como trade in. A Via Varejo, dona da Casas Bahia e Pontofrio, lançou um programa semelhante há cerca de dois anos, que permite levar aparelhos na loja ou enviar pelos correios para receber desconto na compra de um celular novo. O modelo já é comum em outros setores, como o automotivo, no qual concessionárias costumam comprar carros usados ou aceitá-los como entrada para a compra de veículos novos.

De olho no e-commerce

Na prática, a campanha pode ajudar o Magazine Luiza a intensificar as vendas de celulares premium, que têm tickets maiores. Além disso, os descontos podem ser um fator diferencial na escolha dos clientes, sobretudo no e-commerce.

“É uma estratégia para ganharmos mercado, com certeza. Temos muita concorrência no e-commerce, temos que sempre ser criativos”, diz Fabrício Garcia, vice-presidente comercial e de operações do Magazine Luiza.

Celulares são o segundo tipo de produto mais comprado pela internet no Brasil. A categoria "Telefonia/celulares" respondeu por 18,2% dos pedidos de e-commerce feitos em 2018, ficando atrás apenas da categoria "Eletrodomésticos", que teve 19,6% dos pedidos, segundo o relatório WebShoppers, da eBit. No Brasil, cerca de 4% das vendas são feitos pela internet; mas, na região Sudeste, o e-commerce representa 60% das vendas.

Segundo Garcia, os celulares são hoje a categoria que representa a maior parte das vendas do Magazine Luiza, incluindo e-commerce e lojas físicas.

Para justificar a ação, o Magazine Luiza afirma que um dos objetivos é levar celulares com melhor tecnologia ao maior número de clientes possível. A empresa também lembra que, embora haja 229 milhões de smartphones no Brasil (mais de um por habitante), segundo a Anatel, um terço desse total não é nem mesmo compatível com a tecnologia 4G.

Garcia afirma que outro motivo para a campanha foi uma ação parecida feita durante a Copa do Mundo do ano passado, quando a empresa ofereceu descontos na compra de televisores. No primeiro semestre de 2018, o Magazine Luiza vendeu 1 milhão de televisores, e as vendas foram em parte impulsionadas pela campanha, segundo o vice-presidente comercial.

A ação é mais um exemplo do bom diálogo entre lojas físicas e e-commerce do Magazine Luiza, que vem se mostrando um case de sucesso nessa integração. A empresa vem de anos particularmente positivos, com uma revolução comandada pelo herdeiro e presidente do grupo, Fred Trajano, que fez as ações subirem mais de 15.000% desde dezembro de 2015.

O grupo se prepara para, no futuro, enfrentar uma concorrência cada vez mais forte, que pode incluir uma presença cada vez maior da varejista norte-americana Amazon no Brasil. Com o intuito de aumentar a presença em todo o país, a varejista também deve abrir, no segundo semestre, mais de 50 lojas nas regiões Norte e Nordeste do país.

O Magazine Luiza também anunciou em abril a compra da varejista Netshoes, que atua só no e-commerce com forte presença em artigos esportivos e moda, por 62 milhões de dólares. A ver que ações de marketing a varejista vai encampar para ganhar tração no novo segmento.

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