Lucro líquido do BTG Pactual cai pela metade no 4º trimestre
Ante o trimestre imediatamente anterior, o lucro registrou queda de 1%. Em 2016 o lucro ficou em R$ 3,325 bilhões, recuo de 28% ante o visto em 2015
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 22h59.
São Paulo - O lucro líquido do BTG Pactual no quarto trimestre do ano passado atingiu R$ 652 milhões, praticamente a metade do visto no mesmo período do ano anterior (R$ 1,229 bilhão).
Ante o trimestre imediatamente anterior, o lucro registrou queda de 1%. Em 2016 o lucro do banco ficou em R$ 3,325 bilhões, recuo de 28% ante o visto em 2015.
No fim de 2015, o banco encolheu seus ativos na esteira na prisão de seu ex-controlador André Esteves no contexto da Operação Lava Jato. Esteves já retornou ao dia a dia da instituição.
"Fechamos 2016 com um balanço bastante sólido, que inclui um dos maiores índices de capitalização do setor, baixa alavancagem e forte liquidez. Estamos focados na nossa atividade bancária e de gestão de recursos na América Latina", destaca, em nota enviada à imprensa, Marcelo Kalim, presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual.
O retorno atualizado (ROAE) encerrou o trimestre em 12,7%, ante 22% um ano antes, mas apresentando melhora em relação ao terceiro trimestre do ano passado, quando ficou em 11,2%. No ano ficou em 15,5%, ante 22,4% em 2015.
A receita total do BTG foi para R$ 997 milhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 71,6% na relação anual e de 35% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Refletindo a liquidez do banco, que vendeu ativos desde o fim de 2015, o índice de Basileia foi a 21,5% nos últimos três meses do ano passado, ante 15,5% no quarto trimestre de 2015 e de 16,4% no terceiro trimestre do ano passado.
Os ativos totais do banco foram a R$ 120,9 bilhões, queda de 54,5% em relação ao último trimestre de 2015 e recuo de 6% ante o trimestre imediatamente anterior.
Entre os segmentos de atuação que mais se destacaram está o de banco de investimento, especialmente nas áreas de mercado de capitais e fusões e aquisições, gestão de fortunas e empréstimos corporativos.
"Estamos satisfeitos com o desenvolvimento das nossas áreas de franquia, que tiveram boa performance e já apresentaram crescimento consistente nos últimos trimestres", afirma o presidente do banco, Roberto Sallouti, em nota.