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Lucro do Grupo Telefónica deve disparar por reavaliação da Vivo

Investidores novamente focarão nas dificuldades da companhia para administrar seus negócios na Espanha

Previsão média para o lucro líquido da companhia no ano até setembro é de 9,19 bilhões de euros
DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 21h50.

Madri - A gigante de telecomunicações espanhola Telefónica divulga na próxima quinta-feira seus resultados dos primeiros nove meses do ano, que refletirão um crescimento modesto no lucro operacional, embora o lucro líquido apresente uma alta significativa devido à reavaliação de sua controlada de telefonia móvel no Brasil Vivo.

Segundo pesquisa com 11 analistas, a previsão média para o lucro líquido da companhia no ano até setembro é de 9,19 bilhões de euros (13 bilhões de dólares), alta de 72,1 por cento na comparação anual.

Sem o impacto positivo de 3,5 bilhões de euros, pela diferença do valor da Vivo na data de aquisição das ações da operadora móvel que pertenciam à Portugal Telecom e os montantes prévios lançados em seu balanço, o crescimento no lucro líquido da Telefónica seria de 6,5 por cento na comparação com os primeiros nove meses de 2009.

Analistas também esperam, em média, um aumento de 5,8 por cento na receita até setembro, para 44,2 bilhões de euros, e uma alta de 22,2 por cento na geração de caixa medida pelo Ebitda. Excluindo os ganhos com a Vivo, o Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação-- cresceria apenas 0,5 por cento.

Investidores novamente focarão nas dificuldades da companhia para administrar seus negócios na Espanha, devido à recessão e pressões de concorrentes sobre preços, além da baixa confiança do consumidor, que não quer pagar mais por serviços de telefonia e Internet em uma economia com níveis de desemprego perto de 20 por cento.

"As ações da Telefônica tiveram um desempenho melhor que a média no setor em três meses, e a companhia atualmente tem um valor de mercado 6,2 vezes seu Ebitda anual estimado para 2010, enquanto que suas concorrentes são precificadas em torno de 5,7 vezes o Ebitda. Para nós, esse tendência continuará apenas se a administração da companhia conseguir assegurar a recuperação de seus negócios domésticos em 2011", afirmaram analistas do Citi em relatório.

Ainda assim, alguns analistas lembram que as operações locais da Telefónica vêm perdendo importância em relação ao peso cada vez maior de suas unidades internacionais, especialmente após sua longa batalha para adquirir a fatia da Portugal Telecom na Vivo.

A lógica por trás do acordo para assumir sozinha o controle da maior operadora celular do Brasil foi de buscar mais sinergias no mercado brasileiro, unindo Vivo e Telesp, operadora fixa em São Paulo também sob controle do grupo espanhol.

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Madri - A gigante de telecomunicações espanhola Telefónica divulga na próxima quinta-feira seus resultados dos primeiros nove meses do ano, que refletirão um crescimento modesto no lucro operacional, embora o lucro líquido apresente uma alta significativa devido à reavaliação de sua controlada de telefonia móvel no Brasil Vivo.

Segundo pesquisa com 11 analistas, a previsão média para o lucro líquido da companhia no ano até setembro é de 9,19 bilhões de euros (13 bilhões de dólares), alta de 72,1 por cento na comparação anual.

Sem o impacto positivo de 3,5 bilhões de euros, pela diferença do valor da Vivo na data de aquisição das ações da operadora móvel que pertenciam à Portugal Telecom e os montantes prévios lançados em seu balanço, o crescimento no lucro líquido da Telefónica seria de 6,5 por cento na comparação com os primeiros nove meses de 2009.

Analistas também esperam, em média, um aumento de 5,8 por cento na receita até setembro, para 44,2 bilhões de euros, e uma alta de 22,2 por cento na geração de caixa medida pelo Ebitda. Excluindo os ganhos com a Vivo, o Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação-- cresceria apenas 0,5 por cento.

Investidores novamente focarão nas dificuldades da companhia para administrar seus negócios na Espanha, devido à recessão e pressões de concorrentes sobre preços, além da baixa confiança do consumidor, que não quer pagar mais por serviços de telefonia e Internet em uma economia com níveis de desemprego perto de 20 por cento.

"As ações da Telefônica tiveram um desempenho melhor que a média no setor em três meses, e a companhia atualmente tem um valor de mercado 6,2 vezes seu Ebitda anual estimado para 2010, enquanto que suas concorrentes são precificadas em torno de 5,7 vezes o Ebitda. Para nós, esse tendência continuará apenas se a administração da companhia conseguir assegurar a recuperação de seus negócios domésticos em 2011", afirmaram analistas do Citi em relatório.

Ainda assim, alguns analistas lembram que as operações locais da Telefónica vêm perdendo importância em relação ao peso cada vez maior de suas unidades internacionais, especialmente após sua longa batalha para adquirir a fatia da Portugal Telecom na Vivo.

A lógica por trás do acordo para assumir sozinha o controle da maior operadora celular do Brasil foi de buscar mais sinergias no mercado brasileiro, unindo Vivo e Telesp, operadora fixa em São Paulo também sob controle do grupo espanhol.

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