Lucro da Xerox cai 42,5% em meio a batalha por acordo com a Fujifilm
Resultado líquido foi de US$ 23 milhões em relação aos US$ 40 milhões verificados no mesmo período do ano passado
Reuters
Publicado em 3 de maio de 2018 às 17h16.
Última atualização em 3 de maio de 2018 às 17h21.
A Xerox , lutando contra a desaprovação de acionistas sobre seu acordo de 6,1 bilhões de dólares com a Fujifilm, informou na quarta-feira uma queda de 42,5 por cento no lucro trimestral , em parte devido a um custo ligado ao negócio com a empresa japonesa.
A Xerox informou na terça-feira que seu presidente-executivo e a maior parte do conselho de administração vão se demitir para acertar um processo dos acionistas Carl Icahn e Darwin Deason, abrindo caminho para que a nova administração reconsidere o acordo contencioso com a Fujifilm.
Na véspera, a empresa disse que não irá fornecer uma previsão para 2018, devido ao acordo pendente de nomeação e indicação com Icahn e Deason.
A companhia teria reafirmado sua projeção para o ano para receita, margem operacional ajustada, fluxo de caixa e lucro ajustado por ação, no curso normal dos negócios, disse a empresa em comunicado. A Xerox também cancelou uma teleconferência pós resultados com analistas.
O lucro líquido atribuível à empresa caiu para 23 milhões de dólares, ou 0,08 dólar por ação, no trimestre encerrado em março, ante 40 milhões de dólares, ou 0,14 dólar por ação um ano antes.
A empresa registrou lucro ajustado de 0,68 dólar por ação, abaixo da estimativa média de analistas, de 0,73 dólar por ação, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.
A receita total ficou praticamente estável, em 2,44 bilhões de dólares, ante expectativa de analistas de 2,41 bilhões de dólares.
Icahn e Deason, que juntos detêm 15 por cento da Xerox, ganharam uma rara ordem judicial para bloquear temporariamente o acordo com a Fujifilm, que, segundo eles, desvalorizou a Xerox.
Separadamente, a Fujifilm apresentou na quarta-feira uma objeção a um juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre o acordo da Xerox com Icahn e Deason, criticando a forma como a empresa lidou com o processo e disse que não seguiu o procedimento adequado para mudar o controle do conselho.